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Brasil

‘Rio requer entrada grandiosa’, diz executivo do Magalu sobre abertura de 50 lojas

O desembarque era planejado para 2020, mas teve de ser adiado para 2021 em razão das incertezas iniciais da crise sanitária

Redação Jornal de Brasília

30/06/2021 20h18

Foto: Reuters

Leonardo Vieceli
FolhaPress

O Magazine Luiza aposta no tamanho do mercado consumidor do Rio de Janeiro para expandir os negócios mesmo em tempos de pandemia. Na terça-feira (29), a rede varejista confirmou que vai abrir pelo menos 50 lojas físicas no estado até o final do ano. O desembarque era planejado para 2020, mas teve de ser adiado para 2021 em razão das incertezas iniciais da crise sanitária.

Na visão da empresa, o avanço da vacinação contra a Covid-19 reforça os sinais de um cenário mais positivo para a abertura das operações neste ano. As primeiras 23 lojas no estado começam a funcionar em julho -o dia não foi divulgado para evitar aglomerações.

“O Rio de Janeiro é o segundo maior PIB [Produto Interno Bruto] do país. É uma praça que requer uma entrada grandiosa. A gente esperava entrar no ano passado, mas, com a pandemia, houve a prorrogação”, afirma Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza.

Com a chegada ao mercado fluminense, o Magalu passa a ter operações físicas em 22 unidades da federação. O ingresso em outros locais, como Espírito Santo e estados da região Norte, também está no radar da marca, mas não para este ano. “[O Rio] é um mercado muito, muito relevante. Não dava para entrar com uma ou duas lojas. Tivemos de esperar o momento certo”, relata Fabrício Garcia, vice-presidente de operação da rede. “A aceleração da vacinação traz um alento. Não vemos agora um cenário de fechamento de lojas [devido a restrições]”, acrescenta.

A rede projeta geração de 3.000 empregos diretos com a abertura das 50 lojas, mas não divulga o valor do investimento nas unidades. A expansão será acompanhada por uma intensa campanha de marketing, que terá a cantora Anitta como protagonista. Estão previstas reformas em ônibus do sistema BRT, que devem ganhar wi-fi gratuito, a exemplo de trens da SuperVia. A empresa pretende ainda espalhar mil bicicletas personalizadas pela capital, que devem estar disponíveis de forma gratuita para novos usuários por sete dias.

“O estado é muito importante. Nesse sentido, a gente tem iniciativas de divulgação, mas que também buscam proporcionar algum legado”, diz Galanternick. A abertura de lojas ocorre no momento em que o comércio tenta deixar para trás os impactos da pandemia. Durante a crise sanitária, pontos de venda em diferentes regiões do país foram afetados por restrições para conter o avanço do coronavírus. A saída encontrada por varejistas foi intensificar esforços no comércio eletrônico.

O Magazine Luiza, por exemplo, adquiriu em série empresas de tecnologia. No último dia 21, a rede anunciou a compra da Plus Delivery, de entrega de comida. Galanternick afirma que ainda é “muito difícil” fazer uma “projeção assertiva” sobre o cenário macroeconômico para o segundo semestre. Apesar de problemas como o desemprego em alta no país, o executivo diz que a rede varejista vem “navegando bem” por momentos de crise.

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