Começou hoje às 8h30, seek em Belém (PA) o segundo julgamento do réu confesso do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, Rayfran das Neves Sales. Ele já havia sido julgado em dezembro de 2005, mas, como a pena excedeu 20 anos de prisão, tem direito a um novo júri. Na primeira sentença, o réu foi condenado a cumprir pena de 27 anos de reclusão.
O novo julgamento está sendo conduzido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, da 2ª Vara penal da Comarca de Belém. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, o réu já foi interrogado pelo juiz e agora responde às perguntas da acusação e da defesa.
A previsão do juiz Moisés Flexa é de que o julgamento dure mais de um dia. Dorothy Stang foi morta com seis tiros no município de Anapu, a 300 quilômetros da capital paraense, em 12 de fevereiro de 2005. A missionária trabalhava com a Pastoral da Terra e comandava o programa em uma área autorizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Até agora, Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista foram condenados como executores a 27 e 17 anos de reclusão, respectivamente. Amair Feijoli da Cunha foi condenado a 27 anos de reclusão, como intermediário do assassinato, acusado de contratar os pistoleiros.
O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, foi condenado a 30 anos de reclusão pela acusação de mandar matar a missionária. Regivaldo Pereira Galvão, fazendeiro conhecido como Taradão, também acusado de mandante, aguarda julgamento de recursos para definição de júri popular.