Quase um milhão de estudantes de 1.105 escolas da rede estadual de educação retornarão às atividades amanhã (6). Eles ficaram sem aulas por 54 dias, thumb por causa da greve dos trabalhadores da área de educação.
Segundo o presidente da Associação de Pais e Alunos de Escolas Públicas, Manoel Santos, 170 horas-aula precisam ser repostas.
Os professores aceitaram a proposta apresentada pelo governo estadual, que se comprometeu a conceder reajuste de 5% no salário-base de ativos e aposentados, a partir de setembro, além do abono-educador de R$ 200 e da correção da gratificação de diretores de escolas míninas, de R$ 57 para R$ 888. Os técnicos educacionais aprovados em concurso público vão receber gratificação de 60%.
Ficou acertado ainda que o governo estadual devolverá os valores descontados dos contra-cheques dos servidores, desde que a categoria aceite o modelo de reposição dos dias não trabalhados, que inclui aulas em 14 sábados, além de seis dias no mês de dezembro.
De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, Antonieta Trindade, a principal reivindicação da categoria – que nenhum professor do estado recebesse salário inferior ao mínimo – não foi alcançada.
“Temos cerca de 6 mil docentes com formação em ensino médio que recebem R$ 253 de salário mensal. Isso precisa ser revisto”, disse.
Ela acrescentou que será mantido o movimento por melhores condições de trabalho e pela criação de um padrão mínimo de qualidade para as escolas.