A professora universitária Lívia Monnerat foi convencida a ter o primeiro filho por cesárea. Ela acreditava, até o último momento, que Heitor nasceria de parto normal. Mas logo que entrou em trabalho de parto, o obstetra informou que o bebê tinha o cordão umbilical enrolado no pescoço e por isso a criança “não descia”. “Eu não tinha muita informação. Estava bem no início do trabalho de parto, as contrações nem estavam ritmadas, mas ele me fez acreditar que meu filho entraria em sofrimento”, conta. Logo depois do nascimento do menino, ela diz que “caiu a ficha”.
Antes de engravidar pela segunda vez, passou a estudar o assunto. Decidiu que não procuraria mais por médico que aceitasse plano de saúde. “Por várias razões o médico de plano não faz parto normal, seja pelo valor que ele recebe que não justifica, seja pelo tempo que ele dedica à paciente.” Com 37 semanas de gestação dos gêmeos Amelie e Ícaro, um quadro de pré-eclâmpsia fez com que o parto tivesse de ser antecipado. Vários mitos foram derrubados: Lívia teve parto normal depois de cesariana, eram gêmeos e Amelie tinha duas voltas de cordão no pescoço. “Só soube quando a médica desfez as voltas bem na minha frente”, conta Lívia, que deu à luz há dez dias. “Eles estão ótimos.”
Clarissa Thomé