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Polícia reabre caso de estupro de idosa em 2022 após prender suspeito de matar estudante em Florianópolis

Prisão de suspeito de matar aluna da UFSC leva polícia a reabrir caso de estupro de idosa em Florianópolis

Redação Jornal de Brasília

25/11/2025 18h59

Polícia reabre caso de estupro de idosa em 2022

Catarina Kasten, que foi assassinada em uma trilha a sexta-feira Foto: Divulgação/UFSC

CARLOS VILLELA E CATARINA SCORTECCI
FOLHAPRESS

Após a prisão de Giovane Correa Mayer, suspeito de assassinar a aluna de pós-graduação da UFSC Catarina Kasten, 31, na última sexta-feira (21), a Polícia Civil de Santa Catarina decidiu reabrir a investigação sobre o estupro de uma mulher de 69 anos em 2022.

À época, Giovane tinha 17 anos e trabalhava como jardineiro na casa da idosa em Florianópolis. Ele chegou a prestar depoimento como testemunha do caso, por ter ido ao local no dia do crime. A vítima não conseguiu ver o rosto do agressor.

A Polícia Civil confirmou que o boletim de ocorrência foi aberto em janeiro de 2022, e exames de corpo de delito comprovaram que a idosa foi vítima de violência sexual. Entretanto, o inquérito do caso foi encerrado em julho deste ano sem indiciamentos por não identificarem o autor do crime.

Nesta terça, a polícia informou que o caso foi reaberto e que a investigação ficará a cargo da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) de Florianópolis.

Giovane, hoje com 21 anos, está preso desde a noite de sexta, após confessar, segundo a Polícia Militar, que teria estrangulado Catarina e a violentado sexualmente antes de deixar seu corpo na mata em um trecho de uma trilha na praia do Matadeiro, na zona sul de Florianópolis.

Em nota divulgada nesta terça, a polícia informou que os laudos periciais indicam que a vítima foi morta por asfixia provocada por estrangulamento. Acrescentou que aguarda a conclusão de outros laudos periciais para serem juntados ao inquérito policial. Esse caso está com a Delegacia de Homicídios da capital.

“Novas diligências estão sendo feitas, como coletas de imagens que possam pegar o agressor momentos antes do crime e oitivas de familiares do suspeito”, disse o delegado Pedro Mendes.

Giovane é representado pela Defensoria Pública estadual. A reportagem entrou em contato com o órgão nesta terça, mas não teve resposta.

A vítima saiu de casa no começo da manhã para ir até uma aula de natação e seguiu o caminho da trilha, mas foi atacada no caminho.

O companheiro dela estranhou a demora e acionou a Polícia Militar após falar com a escola de natação e ser informado que ela não havia comparecido à aula.

O corpo de Catarina foi encontrado com sinais de violência em um trecho de mata da trilha.

Giovane foi identificado em imagens de câmeras de monitoramento, com a ajuda de moradores da região e de duas turistas que o fotografaram após desconfiar de seu comportamento.

Os PMs foram até a casa do suspeito, onde ele teria confessado o crime e onde também foram encontradas as roupas usadas no momento em que foi filmado e fotografado. Além da confissão, ele relatou ter usado drogas. Ele foi preso e teve material genético coletado para ser encaminhado à perícia.


Natural de Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, Giovane se mudou para Santa Catarina com a família em 2019.

A praia do Matadeiro, onde ocorreu o crime, fica no sul da ilha, ao lado da mais movimentada praia da Armação e próxima de outros destinos como as praias do Pântano do Sul, Açores e Naufragados.

A região é menos urbanizada que o centro e norte da ilha, e tem caminhos de trilha e áreas de natureza conservada.

Em Matadeiro, os acessos são feitos a pé e não há passagem de carros. A trilha onde ocorreu o crime é um trajeto curto, de até 10 minutos de caminhada, e com piso calçado.

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