Menu
Brasil

Polícia Penal Federal inicia paralisação reivindicando regulamentação

Grupo acusa o governo Bolsonaro de ser omisso com a pauta e promete protestar na frente do Palácio do Alvorada nesta segunda (17)

Willian Matos

17/05/2021 10h12

As polícias penais federais vêm trabalhando com efetivo reduzido em todas as penitenciárias federais do país desde a última sexta-feira (14). A paralisação faz parte de uma série de ações da categoria, que reivindica a regulamentação da carreira.

O grupo acusa o governo Bolsonaro de ser omisso com a pauta “há mais de 500 dias”. Os policiais relembram que as polícias penais federais, estaduais e distrital foram incluídas na Constituição Federal em 2019 e, à época, receberam promessas de melhoria. “Os ex-ministros Fernando Moro e André Mendonça foram eloquentes em seus discursos de valorização da categoria, mas pouco se esforçaram para apresentar resultados. Até o momento, as tratativas com o atual ministro, Anderson Torres, também permanecem no campo do diálogo”, afirmam.

O presidente do Sindicato da Polícia Penal Federal de Brasília, Gilvan Albuquerque, acredita que o “Executivo Federal, que deveria ser modelo para os demais estados, ficou para trás nesse processo e até hoje não fez seu papel”. “Acre, Rio de Janeiro e Maranhão são exemplos de estados que reconheceram a urgência da questão e já regulamentaram suas polícias penais”, aponta Gilvan.

Além disso, os policiais penais federais aguardam, há anos, promessa do governo sobre a reestruturação da carreira, que também não saiu do papel. Dessa maneira, os profissionais seguem com poucas contrapartidas, incentivos e garantias do governo, mesmo exercendo com qualidade um trabalho complexo, eficaz e de alta periculosidade. “A morosidade e o descontentamento tomaram conta da categoria”, lamenta o sindicalista.

Manifestação

Buscando melhorias, policiais penais prometem se reunir às 16h desta segunda-feira (17) no Palácio da Alvorada para cobrar um posicionamento de Bolsonaro. Na terça (18), os policiais prometem fazer protestos em todos os cinco presídios federais do país e na sede do Departamento Penitenciário Nacional. “A Operação Padrão permanecerá até que medidas sejam adotadas pelo governo.”

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado