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Brasil

Polícia Federal deflagra operação contra tráfico de drogas

Além do esquema de narcotráfico, alguns dos seus integrantes também estão envolvidos com outras práticas criminosas

Camila Bairros

04/05/2023 9h14

Foto: Polícia Federal

Na manhã desta quinta-feira (4), a Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal e a Polícia Civil do Paraná, deflagrou a Operação Downfall, com objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional e interestadual de drogas com diversas ramificações no país.

Cerca de 350 policiais federais, 130 policiais civis e 25 auditores da Receita Federal estão nas ruas cumprindo 30 mandados de prisão preventiva e 87 mandados de busca e apreensão em endereços no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo.

Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, que totalizam um valor estimado de aproximadamente R$ 1 bilhão.

As investigações revelaram que a organização criminosa constituiu uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico interestadual e internacional, que abrange desde a produção da droga no exterior, o ingresso e transporte dentro do território nacional, distribuição interna, preparação e o envio dos carregamentos de cocaína para o exterior utilizando principalmente o modal marítimo.

Grande parte da droga movimentada pelo grupo tinha como destino os portos da Europa e, para isto, atuavam predominantemente na região do Porto de Paranaguá/PR.

Foram identificadas diversas apreensões de carregamentos de cocaína vinculados a atuação desta organização criminosa e, por meio de um trabalho conjunto entre a Polícia Federal e a Polícia Civil do Paraná, também foram realizadas prisões em flagrante e apreensões de droga no decorrer da investigação, totalizando aproximadamente 5,2 toneladas de cocaína.

Além do esquema de narcotráfico, alguns dos seus integrantes também estão envolvidos com outras práticas criminosas, como homicídios e o tráfico de armas de fogo, munições e acessórios. Ainda segundo a investigação, as lideranças do grupo usavam metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita.

A organização ainda promovia a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico de drogas investindo no setor imobiliário do litoral de Santa Catarina.

Os investigados poderão responder, cada um dentro de sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas, associação para fins de tráfico e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 60 anos de reclusão.

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