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Brasil

PF combate a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas

Foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, e os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro e de organização criminosa

Camila Bairros

26/01/2023 7h51

Foto: Polícia Federal

Começou nesta manhã (26) a operação Fim do Mundo, da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ), com o objetivo de combater a lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas e armas do estado.

Cerca de 100 policiais estão envolvidos na operação, cumprindo 18 mandados de prisão preventiva e 31 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. São três grupos criminosos procurados, e juntos eles movimentaram mais de R$ 100 milhões nos últimos três anos.

A 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do TJRJ também expediu os mandados para sequestrar 15 imóveis, 19 automóveis e duas embarcações em Mangaratiba/RJ, Angra dos Reis/RJ, Balneário Camboriú/SC e Foz do Iguaçu/PR. Além disso, foram bloqueadas mais de 30 contas bancárias vinculadas à organização criminosa. Ao todo, a constrição patrimonial totalizou mais de R$ 22 milhões.

A investigação teve início em maio de 2020, com o objetivo de combater o tráfico de drogas e a lavagem de capitais de uma organização criminosa com atuação em uma comunidade do Rio de Janeiro. No decorrer dos atos investigatórios, foram identificados três grupos oriundos da mesma facção criminosa, que buscavam dar aparência lícita a dinheiro obtido por meio de atividades ilegais.

O primeiro deles – liderado por dois irmãos, responsáveis pela inserção de drogas e armas nas comunidades do Rio de Janeiro – utilizava o lucro da atividade criminosa para adquirir imóveis de alto padrão no município de Balneário Camboriú/SC, em nome de terceiros, com auxílio de um casal de corretores catarinenses. Dentre os denunciados estão a mãe, as esposas e as irmãs dos líderes da organização criminosa, que gozavam de uma vida de luxo no município e movimentavam valores exorbitantes em suas contas bancárias.

O segundo grupo, responsável pela inserção de drogas no Rio de Janeiro e Belo Horizonte/MG, utilizava-se dos valores obtidos com o tráfico de drogas para adquirir automóveis de luxo e imóveis em condomínios de alto poder aquisitivo. Durante a investigação, foram identificados imóveis em Angra dos Reis/RJ, Mangaratiba/RJ e Recreio dos Bandeirantes/RJ, todos sequestrados por meio de ordem judicial.

O terceiro grupo criminoso, também atuante no tráfico de entorpecentes, valia-se de empresas inexistentes ou existentes, mas com baixa atividade lucrativa, para ocultar a origem do dinheiro obtido.

Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro e de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.

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