Uma das maiores redes de fast food do Brasil estaria envolvida em um grande esquema de sonegação fiscal. A suspeita surgiu após uma das empresas franqueadas da marca, que funciona no Rio Grande do Sul, denunciar o esquema de fraudes na Justiça. A investigação resultou na Operação “Flex Food” que cumpriu mandados de busca e apreensão e medidas administrativas na matriz e rede de estabelecimentos.
A investigação que resultou no cumprimento da Operação partiu de uma ação conjunta entre as Secretarias estaduais de Fazenda do Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Ministério Público de alguns dos estados, Procuradoria Geral, Polícia Civil, Militar, Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal.
Todo o esquema de sonegação fiscal era controlado por um sofisticado sistema de informática, envolvendo utilização de notas fiscais com valores inferiores aos praticados nas operações, configurando subfaturamento. Foi identificada, ainda, falsa classificação dos produtos em notas fiscais – que é a alíquota zero – e ocultação de receitas e a falta de nota fiscal ao consumidor.
O trabalho investigativo foi desenvolvido graças à interação entre os Fiscos estaduais. O nome “Flex Food” foi escolhido em função da área de atuação da rede de empresas investigadas e devido à forma como os participantes da organização denominam a parcela de faturamento escondida do Fisco.
Com a análise das informações e documentos recolhidos, compartilhados entre os Fiscos, será iniciada a segunda etapa da Operação, que irá consistir na auditoria fiscal e lançamento dos tributos que tenham sido sonegados.
