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Brasil

Operação da PF investiga núcleo financeiro do PCC

Departamento seria responsável por gerenciar valores para financiamento de crimes em estados de todas as regiões do país

Willian Matos

06/08/2019 8h15

Willian Matos
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (6) a operação Cravada, que visa desarticular núcleo financeiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O departamento seria responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores para financiamento de crimes nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

A operação conta com o apoio do Ministério Público do Estado do Paraná, Departamento Penitenciário Federal, Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e Polícia Militar do Estado de São Paulo. Cerca de 180 policiais federais cumprem 30 mandados de prisão e 55 de busca e apreensão.

Os mandados estão sendo cumpridos nos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá, Centenário do Sul, Arapongas, Londrina, Umuarama, Pérola, Tapejara, Cascavel, Guarapuava no estado do Paraná, Praia Grande, Itapeva, Osasco e Itaquaquecetuba, Hortolândia e São Paulo, no Estado de São Paulo, incluindo também no presídio de Valparaíso-SP, além de outras localidades nos estados do Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. Dos 30 mandados de prisão, 8 serão cumpridos em presídios, sendo 3 em São Paulo, 1 no Mato Grosso do Sul e 4 no Paraná.

A investigação teve início em fevereiro deste ano, com base em informações obtidas acerca da existência de uma espécie de núcleo financeiro da facção criminosa estabelecido na Penitenciária Estadual de Piraquara/PR. A atuação da Polícia Federal dá-se em razão do caráter interestadual da facção, o que foi identificado no decorrer da investigação ligada à competência da Justiça Estadual de Piraquara no Paraná.

Verificou-se que o núcleo é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a facção criminosa em âmbito nacional. Os pagamentos – também chamados de “rifas”-  eram repassados à Organização Criminosa por intermédio de diversas contas bancárias e de maneira intercalada, com uso de medidas para dificultar o rastreamento. A investigação indica a circulação de aproximadamente 1 milhão de reais/mês nas diversas contas utilizadas em benefício do crime.

Foram identificadas e bloqueadas mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país. Os valores que transitavam entre as contas bloqueadas eram utilizados para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção (financiado diretamente a criminalidade violenta), além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da Facção em locais próximos a presídios.

Os investigados devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de Tráfico de Entorpecentes, Associação para o Tráfico, Organização Criminosa, entre outros. Com informações da Polícia Federal

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