A Organização Mundial de Saúde (OMS) lança na terça-feira, hospital no Rio de Janeiro, for sale o Guia Global das Cidades Amigas do Idoso. A capital fluminense foi a única metrópole brasileira incluída no guia. A entidade pesquisou 35 cidades de 22 países. O objetivo da publicação é auxiliar as cidades de todo o mundo a aproveitar melhor o potencial de suas populações idosas, salve na medida em que esses centros urbanos crescem em tamanho e número.
De acordo com a OMS, existem atualmente no mundo 600 milhões de pessoas com idade superior a 60 anos. Segundo as projeções do órgão, esse contingente populacional deve duplicar em 2025, atingindo 1,2 bilhão de pessoas em todo o planeta.
O diretor da Universidade Aberta da 3ª Idade (UnAti), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Renato Veras, disse que apesar dos avanços observados no País, ainda há muito a ser feito em benefício dos idosos. Segundo ele, esse “é um processo lento. Mas nós estamos pouco a pouco assumindo a questão do envelhecimento no País”.
O diretor defende que o guia vai dar elementos para que os governos elaborem políticas públicas de proteção ao idoso. “Espera-se que o Ministério da Saúde bote em prática ações e faça com que as cidades sejam mais receptivas para os idosos e tenham mais programas preventivos”. Segundo Veras, o lançamento da publicação da OMS abre, inclusive, a possibilidade de financiamento internacional para os programas e projetos desenvolvidos no País. “É mais uma tentativa de colocar o idoso na agenda política e social do País”.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui hoje 19 milhões de idosos, o que representa 10% do total da população. A tendência é de crescimento cada vez maior, aponta Veras. “Daqui a 20 anos, seremos 32 milhões de idosos. É o grupo etário que mais cresce. É por isso que nós temos que ter políticas públicas, sociais e previdenciárias. Ou seja, o idoso não é uma questão pequena. Tem que entrar na agenda de prioridades do País como algo muito sério, devido a esse enorme crescimento, que vai se ampliar ainda mais nos próximos 10, 15 anos”, explicou.