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Brasil

No mês do Voluntariado, Terceiro Setor afirma que terá dificuldades para se manter após a pandemia

Pesquisa do Datafolha em parceria com a Ambev mostra as principais dificuldades enfrentadas pelas organizações sociais durante a pandemia; 41% delas afirmam que a falta de apoiadores financeiros é a principal dificuldade

Redação Jornal de Brasília

10/12/2020 15h14

A pandemia de COVID-19 exigiu uma mudança de hábitos em todo o mundo. O Brasil, como um dos países mais afetados pela doença, sofreu com os impactos em diversos setores, inclusive as ONGs. Reflexo desse cenário é que metade das organizações brasileiras afirma que terá dificuldades para se manter após esse período, segundo pesquisa do Datafolha em parceria com a Ambev.

Os dados mostram que os desafios já enfrentados pelas ONGs foram acentuados com o cenário atual e traçam um futuro ainda incerto para as organizações. Dentre as principais dificuldades destacadas para sobreviver ao pós-pandemia estão a falta de apoiadores financeiros (41%), doações de materiais e equipamentos (13%) e voluntários para ajudarem a organização a se reerguer (11%).

A falta de suporte também levou 59% das ONGs a afirmarem que deixaram de atender mais pessoas durante a pandemia. Em contraponto, os gastos apenas aumentaram em 2020. A compra de produtos relacionados à prevenção da COVID-19 (20%), alimentos (14%) e investimentos em estrutura para trabalho remoto (10%) entraram na rotina das organizações que foram obrigadas a se reinventar em um período que exigiu muita criatividade, paciência e colaboração.

“As ONGs brasileiras sabem que não é fácil superar o desafio de atravessar um período de pandemia. E algo que elas sabem também é que, para isso, é preciso juntar forças entre os voluntários e a sociedade. Com um maior envolvimento da comunidade, empresas e governo, o trabalho dessas organizações pode ter um impacto ainda maior, principalmente no cenário atual”, comenta Carlos Pignatari, gerente de Impacto Social na Ambev.”

Diante das dificuldades vividas este ano, a internet refletiu o interesse do brasileiro: nunca se buscou tanto por “como ajudar” quanto em 2020. E, apesar da necessidade de doações ser um ponto recorrente na realidade das organizações antes da pandemia – 23% delas relataram esse problema -, a colaboração das pessoas foi fundamental para que elas se mantivessem firmes. As principais doações recebidas foram de alimentos e cestas básicas (45%), produtos relacionados à prevenção da COVID-19 (28%), produtos de higiene pessoal (25%) e contribuições financeiras (21%).

Retrato regional e a preocupação com o futuro

As ONGs acreditam que as dificuldades pós-pandemia devem aumentar. Os problemas ligados à questão financeira são preocupantes para 42% das organizações nas regiões Norte e Centro Oeste, 51% no Nordeste, 36% no Sudeste e 35% no Sul. Além disso o aumento de pessoas atendidas no período após a pandemia também preocupa. Entre as ONGs que acreditam que o número de pessoas irá aumentar, 54% estão no Nordeste, 37% do Sudeste, 26% do Centro Oeste e Norte e 17% no Sul.

Parte desses problemas podem ser resolvidos graças a uma gestão bem preparada, afirma Pignatari. “Pensar em um plano de ação consistente, com metas e objetivos bem definidos, é uma forma de preparar a ONG para os desafios do futuro. Por isso, a gente compartilha nossos conhecimentos em gestão com organizações de todo o Brasil por meio do VOA, nosso programa contínuo de mentoria voluntária, que já impactou em torno de 6 milhões de pessoas nas comunidades onde essas organizações estão.”

Ambev e voluntariado

O Programa VOA foi criado pela Ambev em 2018 para compartilhamento de conhecimento em gestão de recursos e processos para ONGs. Em novembro deste ano, a Ambev abriu as inscrições para quarta edição da iniciativa. São mais 50 vagas para organizações de todo o Brasil, que tenham todo e qualquer impacto positivo para a sociedade. Para participar, as intuições interessadas devem se inscrever no link, que dá acesso também ao edital do programa. As inscrições estão abertas até dia 15 de dezembro.
A mentoria gratuita oferecida para as ONGs é feita por meio do conhecimento e experiências de mentores do VOA, que são líderes da Ambev que participam de forma voluntária no programa. Além disso, também estão previstos cursos nas áreas de finanças, captação de recursos, governança, recursos humanos, e comunicação e marketing. As aulas são em formato de vídeo aulas, além de contarem com auxílio de apostilas disponíveis na plataforma do programa e direcionamento dos voluntários mentores.

Desde 2018, foram mais de 330 inscrições de ONGs para participarem do VOA. O programa contemplou 115 organizações em 2020, aumentando o impacto para cerca de 6 milhões de pessoas em todo o Brasil. Atualmente, são mais de 500 funcionários atuando junto às organizações.

Sobre a Ambev

Unir as pessoas por um mundo melhor. Esse é o propósito da Ambev, empresa brasileira, com sede em São Paulo, e presente em 18 países. No Brasil, somos mais de 30 mil pessoas que dividem a mesma paixão por produzir cerveja e trabalhamos juntos para garantir momentos de celebração e diversão. A Ambev é uma cervejaria inovadora e temos o consumidor no centro de nossas decisões e iniciativas. Nosso portfólio conta com cervejas, refrigerantes, chás, isotônicos, energéticos e sucos, de marcas reconhecidas como Skol, Brahma, Antarctica, Budweiser, Stella Artois, Wäls, Colorado, Guaraná Antarctica, Fusion, do bem e AMA, a água mineral que destina 100% de seu lucro para projetos que levam acesso à água potável para famílias do semiárido brasileiro. Somente nos últimos cinco anos, investimos R$ 17,5 bilhões no país e deixamos um legado além dos investimentos com nossa ampla plataforma de sustentabilidade. Esse compromisso inclui metas claras, divulgadas publicamente, e se traduz em quatro pilares: consumo inteligente, água, resíduo zero e desenvolvimento. Esse trabalho é feito com uma rede de parceiros, pois acreditamos que a construção de um mundo melhor se torna mais rica quando feita em conjunto.

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