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Brasil

Nenê pede mais diálogo entre jogadores, comissão técnica e dirigentes

Arquivo Geral

19/06/2007 0h00

Para o ala/pivô Nenê, o nível de comunicação entre os jogadores da seleção brasileira masculina de basquete e o comando da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) ou mesmo a comissão técnica tem deixado a desejar. “Os técnicos têm que se comunicar mais com os jogadores”, diz o atleta do Denver Nuggets.


 


Com cinco temporadas de experiência na liga norte-americana, Nenê compara o relacionamento dos técnicos das franquias com o existente na seleção. “O George Karl (técnico dos Nuggets) sempre pergunta as coisas”. Ele também acha importante a ligação que outros treinadores têm com seus atletas para manter o vínculo e nem se limita ao universo do basquete tratar desta relação.


 


Lembrando do sucesso do vôlei nos últimos tempos, Nenê destaca um dos principais diferenciais da modalidade. “O fator crucial é o Bernardinho. Ele é tudo ali naquele time. Todo mundo respeita ele. No basquete falta confiança, falta acrescentar pessoas para somar”, diz, torcendo para que a comissão do Brasil abra espaço para mais diálogo com os jogadores.


 


Ajuda externa também seria bem-vinda, acredita ele. Nenê não pede a troca de comando técnico. “Podemos deixar o Lula”, diz. Mas cobra abertura para contribuições de profissionais externos. “Nós temos vários treinadores de fora que falam português”, diz o ala/pivô, citando o norte-americano Jarinn Arkana e o argentino Carlos Duro, o Carlito.


 


Arkana trabalhou no Denver e, segundo Nenê, era disputado pelos jogadores para dar treinamento. Auxiliar técnico de Hélio Rubens no Vasco e no Uberlândia, Carlito é um antigo conhecido dos brasileiros. “Ele conhece muitas jogadas ensaiadas”, destaca o ala/pivô. “Precisamos ter estas pessoas ao lado para ajudar a crescer”.


 


Na busca pela classificação olímpica, Nenê também pede revisão do esquema e reforça o coro dos que pedem Leandrinho jogando como ala/armador, a mesma em que ele atua pelo Phoenix Suns, na NBA. “O jogador tem que atuar na posição que ele está acostumado”, defende.


 


No Mundial do Japão, em 2006, Leandrinho jogou na armação e acabou rendendo muito menos do que poderia. “O pessoal lá de fora mesmo falou, ele não conseguia arremessar. Estava muito preso porque tinha que carregar a bola”. O Brasil voltou para casa com a 17ª colocação no torneio, sua pior classificação na história.

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