Até hoje, os dois países se enfrentaram 120 vezes, com vantagem de 68 vitórias para o Brasil e 52 para os rivais. Mas em Campeonatos Mundiais, a história se inverte. Em seis confrontos, os norte-americanos se saíram melhor em cinco. A única vitória do time verde-amarelo aconteceu no longínquo ano de 1970.
A série de derrotas se estende inclusive nesta fase em que o Brasil alcançou a hegemonia no vôlei masculino. Em 2002, na Argentina, a seleção já comandada por Bernardinho conheceu sua única derrota no Mundial justamente para os EUA, na primeira fase. Felizmente, o tropeço foi contornado e o título conquistado dias depois.
Nesta edição, os EUA começaram mal, com derrotas para Venezuela e Bulgária, além de outra para a Itália, mais tarde, e só se classificaram por ter melhor point average que a Venezuela. Terminaram em quarto lugar no grupo C. Já o Brasil foi o melhor do B, mesmo com o tropeço para a França. Assim, entra com boa vantagem nesta fase.
Apesar de ser teoricamente superior ao próximo rival, o técnico Bernardinho não chega a se entusiasmar e pede cautela total para os jogadores. “Todos os adversários desta segunda fase são perigosos. Os Estados Unidos se classificaram em quarto, mas é uma equipe que sempre nos causa problemas. Na maioria das vezes, temos vencido”, disse o comandante.
Além das vitórias em Mundiais, os EUA também “aprontaram” para cima dos brasileiros em outras competições. A derrota mais recente – e dolorosa – aconteceu na final da Copa América do ano passado, em São Leopoldo (RS). Além disso, nas Olimpíadas de 2004, o time também perdeu para os mesmos rivais na trajetória do bicampeonato.
“Eles são um time muito certo taticamente, com boa defesa e volume de jogo. Perdemos um campeonato para eles em casa. Por isso, estamos ainda mais motivados para derrotá-los”, disse o capitão Ricardinho, por enquanto o sexto melhor levantador nas estatísticas do torneio.
O Brasil precisa da vitória para seguir com chances de ir à semifinal. Como os resultados obtidos contra as equipes classificadas são considerados na seqüência, a seleção entra na segunda fase com cinco pontos e em segundo lugar da chave F, atrás da Bulgária, única invicta e com seis pontos. Há apenas duas vagas para as semis.
Depois dos EUA, o Brasil volta à quadra no domingo para enfrentar a República Tcheca. Os últimos adversários são verdadeiras pedreiras: Itália e Bulgária. Todos os jogos acontecem no ginásio Hiroshima Prefectural Sports Center.