O ministro do Desenvolvimento Agrário, view Guilherme Cassel, disse hoje que os agricultores familiares não sofreram quaisquer prejuízos com a redução dos juros para financiamento, definida um mês depois do plano da safra 2007-2008.
Segundo o ministro, os bancos oficiais “não ficaram um dia sem recursos para a agricultura familiar, porque a gente tinha recursos, que sobraram da safra anterior, e eles foram operados – então, não houve nenhum agricultor prejudicado”.
Guilherme Cassel disse ter essa convicção após contatos com agricultores familiares “no Norte, no Nordeste, no Sul, e com movimentos sociais”, onde constatou que “as coisas estão absolutamente normais”.
Na entrevista, ele lembrou a garantia dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que se faltarem recursos para a agricultura familiar no plano da safra 2007-2008, além dos R$ 12 bilhões já destinados, “mais recursos serão conseguidos e aplicados”.
O plano, acrescentou o ministro, “é o maior e o mais completo da história da agricultura familiar brasileira, porque serão beneficiados 2,2 milhões de agricultores e, pela primeira vez, esse plano vem junto com R$ 168 milhões para assistência técnica, que servirão para reforçar o trabalho de mais de 20 mil profissionais”. Para Cassel, “dar crédito aos agricultores familiares sem as garantias de assistência técnica e seguro gera apenas o endividamento, amanhã ou depois”.
Ele destacou ainda que “a agricultura familiar é mais produtiva do que a patronal, é responsável por 60% dos alimentos que nós consumimos e representa 77% da mão-de-obra no campo”.