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Brasil

Menos de 2% dos PMs investigados em São Paulo são condenados por júri

Os julgamentos são acompanhados na plateia por inúmeros PMs que dispõem de informações sobre cada jurado

Redação Jornal de Brasília

19/12/2024 9h50

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Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Olhando os casos de morte cometidas por PMs de São Paulo entre 2015 e 2020, a advogada Débora Nachmanowicz verificou que de 1.224 inquéritos, apenas 122 foram denunciados pelo Ministério Público à Justiça.

Menos da metade dos casos denunciados (60) foi a júri após decisão do juiz. Após o julgamento, apenas um terço (20 casos), houve condenação – menos de 2% dos inquéritos iniciais.

Além da conta da impunidade da PM paulista, Débora Nachmanowicz acompanhou julgamentos e entrevistou jurados no 1º Tribunal do Júri em São Paulo, onde verificou outro mecanismo que serve para inocentar os réus quando são policiais: o constrangimento.

Os julgamentos são acompanhados na plateia por inúmeros PMs que dispõem de informações sobre cada jurado.

A audiência é “lotada de pessoas que têm acesso ao aparato de violência estatal”, assinala a advogada e acadêmica.

Outro mecanismo, usado pelos advogados, é a alegação da legítima defesa, pouco confrontada porque faltam testemunhas desde o inquérito para esclarecer como se deram os crimes. As testemunhas evitam falar também por constrangimento e medo.

Com informações da Agência Brasil

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