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Brasil

Médico morre após salvar filhas de afogamento em praia do Paraná

Anibal Okamoto Junior, de 38 anos, foi resgatado com vida, mas não resistiu; colegas e pacientes destacam dedicação e sensibilidade do profissional

Redação Jornal de Brasília

23/12/2025 21h09

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O médico psiquiatra Anibal Okamoto Junior, de 38 anos, morreu na tarde de domingo, 21, ao tentar salvar as duas filhas de um afogamento na praia em Matinhos, no litoral do Paraná, durante viagem de férias com a família. Segundo o Corpo de Bombeiros, as crianças estavam em uma área próxima às pedras de um espigão, fora do alcance de posto de guarda-vidas.

“As crianças conseguiram sair da água pelas pedras, enquanto o homem passou a apresentar dificuldades. Ele foi inicialmente auxiliado por um surfista que estava no local e, posteriormente, retirado do mar pelas equipes acionadas”, diz nota do Corpo de Bombeiros.

Uma aeronave chegou a ser utilizada no resgate da vítima, que foi encaminhada para atendimento em uma UPA. “Apesar dos atendimentos prestados, o óbito foi constatado”, completa a comunicado.

O médico residia em Brasília, onde atuava em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Álcool e Drogas. Nas redes sociais, amigos, pacientes e colegas o descreveram como atencioso, dedicado e sensível.

“Nosso médico querido por quase 10 anos. Mas, acima de tudo, uma pessoa sensível e amável. Sem dúvidas, perdemos um amigo”, lamentou uma paciente. “Era um excelente psiquiatra, trabalhador do SUS, profissional ético e atencioso”, descreveu uma colega de profissão.

“Foi um dos melhores professores que tive ao longo da minha vida Um conhecimento técnico impecável, além de ser acolhedor, humano, divertido, sempre disponível, conselheiro e motivador”, descreveu outro médico. “Era o mais sensível de todos nós da residência. Ele sabia quando alguém do grupo não estava bem. Sempre com bom humor”, também relatou uma colega.

O Conselho Federal de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) publicou uma nota de pesar, na qual diz que o psiquiatra “construiu uma trajetória marcada pelo compromisso com o cuidado, a escuta e o acolhimento, deixando uma contribuição relevante para a medicina e para todos que tiveram a oportunidade de conviver com seu trabalho e sua humanidade”.

O velório foi marcado para esta quarta-feira, 24, às 9h, no Cemitério Campos da Esperança, em Brasília.

Estadão Conteúdo

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