Mediadora anuncia avanços em acordo humanitário com as Farc na Colômbia

A negociação para a troca de reféns por guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) presos teve “avanços muito importantes”, rx disse hoje a senadora colombiana Piedad Córdoba, mediadora de um eventual acordo, sem dar detalhes.

“Estamos chegando a um ponto em que o que se pensava antes que não era possível agora está sendo”, acrescentou.

Junto com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, Córdoba negocia a troca humanitária desde agosto, com autorização expressa do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.

O acordo inclui cerca de 500 guerrilheiros presos na Colômbia e nos Estados Unidos trocáveis por personalidades em poder das Farc, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial, e dezenas de soldados “que a Colômbia não esquece”, ressaltou a senadora.

“Acho que o trabalho que estamos fazendo, sem pressa, mas sem parar, não procura especulações nem espetacularidade”, disse ela.

Piedad Córdoba afirmou que ela e Chávez confiam que a concretização da troca significará “a janela para um acordo de paz” que ponha fim ao conflito de décadas em seu país.

Os avanços, não identificados pela senadora, vieram depois que Chávez reiterou que para “poder ser útil” como mediador nesse trabalho é indispensável uma reunião sua com o comandante máximo das Farc, Pedro Antonio Marín, conhecido como “Manuel Marulanda” ou “Tirofijo”.

“Quando que o Governo teve que dar permissões a esses anjinhos de Deus? As Farc que inventem seu jeito de chegar lá” na Venezuela, disse Uribe no início do mês.

A reunião entre Chávez e Marulanda “ficou adiada pelo menos durante um mês ou mais”, mas começou uma etapa para tentar “recuperar a confiança”, declarou Córdoba no dia 8 de outubro.