Mark Webber revela torcida pelo amigo Fernando Alonso

Substituto de Fernando Alonso na Minardi em 2002, o australiano Mark Webber declarou que vai torcer pelo amigo espanhol na disputa do título da atual temporada da Fórmula 1, que será decidida no próximo domingo no circuito de Interlagos.

“Eu gostaria que Fernando vencesse, mas acho que o Lewis Hamilton será o campeão”, admitiu o piloto da Red Bull, que até cogitou uma outra hipótese para o GP do Brasil. “Seria muito legal ver as duas McLaren batendo uma contra a outra e Kimi sendo campeão”, brincou.

Ele, porém, acredita que esta é uma hipótese bastante improvável. “Seria frustrante para a McLaren perder outro título para a Ferrari, mas será interessante ver como a McLaren vai lidar com a disputa entre seus pilotos”, analisou, sem querer arriscar um nome como o vencedor do domingo. “Pelo que vimos nas últimas três corridas, é complicado fazer uma aposta porque as duas Ferrari e as duas McLaren têm a mesma chance. Se chover, pode acontecer qualquer coisa”, emendou.

Apesar da simpatia por Alonso, o australiano não deixou de elogiar Lewis Hamilton. . “Ele é muito forte em qualquer situação. O Hamilton não é só sortudo, mas merece tudo o que tem. Venceu a GP2, o que não é fácil, e depois fez um bom trabalho”, lembrou o piloto, que elogiou o traçado de Interlagos e disse ter certeza que os brasileiros fizeram o melhor na reforma da pista.

Questionado se Felipe Massa sofreu com o azar durante a temporada, Webber foi sincero. “Não acho que ele seja azarado. Tudo depende de sua capacidade de fazer o trabalho e não podemos dizer isso ou aquilo. Acho que Felipe poderia ter ido melhor em alguns lugares”, apontou.

A desculpa de “falta de sorte”, aliás, não serve nem para ele mesmo. “A temporada foi longa, com alguns momentos como a batida com o Vettel em Fuji quando estávamos atrás do safety car (quando ocupava a segunda posição). Mas não posso ficar dando desculpas, todo mundo teve a mesma oportunidade e nós temos que trabalhar duro com o time para conseguir melhores resultados”, destacou.

“O time está feliz com o meu trabalho e isso é o que importa. No ano que vem vamos tentar subir mais um nível para competir com a BMW Sauber, vai ser um grande desafio. Queremos pódio, mas querer é fácil. Temos que trabalhar para isso”, completou o piloto, que espera grandes mudanças com a retirada do controle de tração dos carros. “Espero mais erros e mais acidentes, além de muitas dificuldades em condições fora do normal. Só depois que a gente testar os carros em janeiro e fevereiro vamos saber o tamanho do nosso desafio”, encerrou.