Desta forma, o “Homem de Gelo”, que trocou justamente a McLaren pela Ferrari, terminou o Mundial com 110 pontos, um a mais que o bicampeão espanhol e o novato inglês.
Já o brasileiro Felipe Massa terminou o GP em segundo lugar, ajudando o companheiro de Ferrari a ser campeão e completando assim a dobradinha da equipe, que sofreu com a entrega de dados do carro para a rival McLaren em um caso de espionagem, que culminou na desclassificação dos ingleses do Mundial de Construtores e terminou por dar o título à escuderia de Maranello.
E, ironicamente, na última prova, os italianos viram os pilotos da McLaren sofrerem na pista. Ele chegou em terceiro lugar a Interlagos, a sete pontos do então líder Lewis Hamilton, viu a situação piorar no treino oficial com a terceira posição, mas tudo mudou na prova. Hamilton foi superado pelo finlandês no final da reta dos boxes após a largada, e pelo espanhol Fernando Alonso na segunda perna do S do Senna. Em seguida, o inglês errou na curva do Lago, caiu para oitavo e viu o título escapar de vez na sétima volta, quando o câmbio parou e ele capotou para a 18ª posição.
Além dos erros de Hamilton, Alonso não incomodou a dupla ferrarista e assistiu à “festa” de Raikkonen. Um título de um piloto que chegou à Fórmula 1 em 2001, na Sauber.
Ele somou nove pontos naquela temporada, mas despertou a atenção da McLaren, que trouxe o piloto já no ano seguinte. Passou cinco anos na equipe, sendo vice-campeão em 2003 e 2005. Nesta temporada, Raikkonen sofreu nas primeiras provas com a Ferrari, mas se recuperou de forma sensacional nos GPs finais para levar a taça.
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Na prova, o alemão Nico Rosberg foi quarto colocado no Brasil, logo a frente do polonês Robert Kubica e do alemão Nick Heidfeld. Atrás de Hamilton, o italiano Jarno Trulli completou a zona de pontuação, enquanto o brasileiro Rubens Barrichello abandonou na 42ª volta, com problema no motor.
A corrida
Logo na largada, o novato inglês percebeu que teria dificuldades. Após bom início, ele acabou superado por Raikkonen ainda na reta dos boxes e Massa manteve a ponta. Na segunda perna do S do Senna, foi a vez de Alonso superar seu companheiro de equipe e assumir a terceira colocação. Na luta para recuperar o posto, o inglês perdeu o ponto de freada na curva do Lago, logo após a reta oposta, passou reto e retornou à pista em oitavo.
Porém o pior estava por vir. Na sétima volta, o inglês errou na mudança de marcha e o carro ficou lento. Sem velocidade, ele só não foi superado pelo finlandês Heikki Kovalainen e pelo inglês Anthony Davidson, que estavam uma volta atrás, e quando conseguiu recuperar o bom funcionamento do carro, era o 18º colocado.
A partir daí, o calouro da McLaren iniciou a corrida de recuperação e, nove voltas depois, já ocupava o 12º lugar. Neste momento, tive início a primeira parada nos boxes. A esperada troca de posições entre Massa e Raikkonen não aconteceu, e o brasileiro seguiu na liderança. Em terceiro lugar, Alonso seguia com o título nas mãos e Hamilton fez uma rápida troca, abasteceu pouco e tentou recompensar com voltas rápidas.
Porém a nova tática não deu resultado e o inglês sofreu para ultrapassar os carros da Red Bull, Toyota e Williams. Enquanto isso na frente, o espanhol viu a taça sair de suas mãos na 34ª volta, quando foi ultrapassado pelo polonês Robert Kubica no S do Senna. Assim, o campeão era Raikkonen, no momento em que a prova chegava à sua metade. Duas voltas depois, Hamilton parou nos boxes, quando era o nono lugar e retornou uma volta atrás dos líderes.
Na 38ª volta, o título foi novamente para o colo de Alonso, com a parada de Kubica nos boxes. Porém o tri voltou a sair de suas mãos quando a aguardada troca de posições do piloto da Ferrari aconteceu, enfim, na 53ª volta, com o finlandês retornando na frente do brasileiro após sua segunda parada nos boxes. Assim, o azarão só precisou manter a frente para conquistar o título inédito na Fórmula 1.
