Jogadoras e técnico da seleção feminina de vôlei cobram melhora da equipe

A fácil conquista do Campeonato Sul-americano neste domingo não foi só festa. Isso porque, apesar da vaga na Copa do Mundo, a equipe nacional pouco pôde avaliar a evolução alcançada desde o Grand Prix, dado o baixo nível técnico no torneio continental, que ainda teve Peru e Venezuela no pódio.

“Não temos um parâmetro muito grande porque não fizemos jogos difíceis. Fica complicado analisar”, reconhece a central Walewska. Para ela, o grupo terá que trabalhar duro se não quiser correr o risco de acabar surpreendido na Copa do Mundo, que começa em 2 de novembro e vai até o dia 16 do mesmo mês.

“A gente ainda tem que ver se os adversários estarão mudados, dar uma estudada em cada equipe. Para melhorar o que erramos no Sul-americano, vamos fazer alguns amistosos na Europa. Só aí vamos poder analisar como estamos”, explicou a jogadora, uma das mais experientes da equipe.

Para a ponteira Natália, é importante que as jogadoras mantenham focadas em garantir a vagas nas Olimpíadas de Pequim. “O grupo vai ter que se unir bastante e se fechar, porque isso é só um começo. Se a gente chegar lá e fazer o que a gente sempre fez, quem sabe não ganhamos?”, anima-se a novata.

Sheilla, por sua vez, é mais exigente. “A gente sempre tem que continuar evoluindo em todos os fundamentos, especialmente o conjunto. Jogar junto é sempre importante. Tem que melhorar em tudo”, destaca.

Para a capitã Fofão, o importante é evitar as bobeadas. “Mesmo com jogos fáceis no Sul-americano, teve horas que a gente errou bastante”, aponta a levantadora, que enumera os pontos positivos apresentados pelo Brasil no torneio continental. “Tivemos um ritmo muito bom de bloqueio, aproveitamos bastantes contra-ataques e a defesa também está melhorando, apesar de não termos um parâmetro agora”, ameniza.

O técnico Zé Roberto, porém, não concorda. “O sistema defensivo sempre tem que melhorar, é uma coisa que a gente precisa trabalhar constantemente. Também precisamos crescer muito ainda no bloqueio”, enumera.

Programada para o Japão, a Copa do Mundo garantirá seus três primeiros colocados nas Olimpíadas de Pequim, no ano que vem. Além do Brasil, Peru, Cuba, Estados Unidos, Itália, Sérvia, Quênia, Tailândia, Polônia, Coréia do Sul, Japão e República Doninicana lutarão para subir ao pódio.