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Brasil

Funcionários da IBM Itália fazem protesto virtual no Second Life

Arquivo Geral

28/09/2007 0h00

Os tempos mudam e com eles as mobilizações sindicais, pills tanto que os trabalhadores da multinacional de informática IBM na Itália tiveram a idéia de realizar um protesto sindical pela primeira vez no mundo virtual Second Life, aberto a todo o mundo.

Os trabalhadores “reais” compareceram ao serviço normalmente. Mas, fora do horário de trabalho, seus “avatares” (identidades virtuais) se manifestaram na entrada das “ilhas” da empresa no ambiente Second Life nesta quinta-feira, disse à EFE o representante na IBM do sindicato italiano Fiom-Cgil, Frabrizio Potetti.

A companhia tem várias “ilhas” no mundo virtual, onde “encontra clientes, faz marketing e publicidade”. Portanto, uma manifestação no Second Life “afeta a imagem da empresa em seu território”, acrescentou o sindicalista.

O protesto foi organizado pelo sindicato Representação Sindical Unitária (RSU) em IBM e durou 12 horas, terminando às 17h (de Brasília). Como as “ilhas” do Second Life têm uma capacidade limitada de visitantes, foi criada uma escala de horários por países.

Os “avatares” encontram à disposição no Second Life um kit para a manifestação, que inclui a camiseta oficial com palavras de ordem, assim como cartazes.

Os empregados da IBM Itália, cerca de 9 mil, protestam pela ruptura das negociações sobre o contrato coletivo e a suspensão do pagamento de produtividade, de cerca de mil euros por ano.

Os organizadores prometem para hoje um balanço do protesto. Eles esperavam uma participação total de mil pessoas em 18 países, em solidariedade aos empregados da IBM Itália.

No blog criado pelo sindicato, os participantes não só informaram sobre o desenvolvimento da mobilização mas também escreveram as suas impressões sobre a participação numa manifestação virtual

“É surpreendente perceber como é parecido com o mundo real, com gente gritando slogans, pulando, organizando piquetes, e outras pessoas tranqüilas, sentadas num banco e olhando”, disse um participante.

Potetti não descartou que a mobilização possa se repetir mais adiante “sem aviso prévio”.

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