Para alguns membros da Ferrari, vencedora dos mundiais de pilotos e construtores de 2007, a possível saída de Fernando Alonso da McLaren não preocupa. Neste domingo, durante sua festa de encerramento do ano, os ferraristas manifestaram pouco interesse em saber onde que o rival estará na próxima temporada.
O presidente do time vermelho, Luca di Montezemolo, reiterou seus elogios ao espanhol por ter cumprimentado o campeão Kimi Raikkonen após o GP do Brasil, mas deu de ombros quanto ao futuro do espanhol. “Tenho que dar os parabéns, novamente, a Alonso, porque, com suas congratulações, mostrou que é um grande campeão. O certo é que não sei onde ele estará na próxima temporada e também não é um assunto que me interessa”, afirmou o mandatário.
Na mesma toada do chefe, o campeão Kimi Raikkonen mostrou-se mais preocupado com o time de Woking do que com Alonso. “Penso que os rivais no próximo ano continuarão sendo as McLaren. E quanto a Alonso, para mim, não faz nenhuma diferença que corra em um lugar ou outro”, disse o Homem de Gelo.
Já o chefe da Ferrari, Jean Todt, preferiu não comentar o assunto e lamentou o escândalo de espionagem, no qual o engenheiro ferrarista Nigel Stepney forneceu infomações privilegiadas à McLaren. “Nós sofremos e houve momentos infelizes. Não esperava ser traído por um dos nossos, o qual, por razões pessoais, queria ajudar outro time”, criticou o francês.
“Não imaginava que a McLaren aceitaria esta ajuda”, continuou Todt. “É um grupo de pessoas que aceitou receber informação de alguém. A Ferrari nunca pensou em outras formas de ganhar do que dentro da pista. Este ano foi especialmente difícil”, admitiu o homem forte da equipe de Maranello.
Quanto à apelação da McLaren em relação à polêmica dos combustíveis da BMW Sauber e Williams, que pode desclassificar os dois times e conferir o Mundial de Pilotos a Lewis Hamilton, Todt minimizou. “O resultado final do mundial de pilotos não está realmente definido. Porém, o importante para nós é o resultado da pista”, concluiu.