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Brasil

Família de mulher atropelada e arrastada alerta para vaquinha falsa

O irmão dela, Luan Henrique, afirmou que a família não está pedindo dinheiro

Redação Jornal de Brasília

04/12/2025 9h48

taynara souza santos mulher atropelada e arrastada

Foto: Reprodução/Redes Sociais

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

A família de Tainara Souza Santos, 31, atropelada e arrastada em São Paulo, alertou que vaquinhas falsas foram criadas por golpistas em nome dela.

O irmão dela, Luan Henrique, afirmou que a família não está pedindo dinheiro. “Estão fazendo vaquinhas com o nome dela, estão criando páginas com o nome dela também, mas a gente não está pedindo nada de dinheiro por agora”, falou ontem em entrevista ao Balanço Geral.

“Nós estamos pedindo que orem por ela”, acrescentou. Tainara permanece em coma induzido no Hospital Municipal Vereador José Storopolli e já passou por três cirurgias após ter as duas pernas amputadas. Ontem, Luan afirmou pelas redes sociais que contaria uma “boa notícia” sobre a irmã hoje.

Ao menos duas vaquinhas falsas foram criadas esta semana. Uma delas tinha a meta de R$ 100 mil, enquanto a outra pedia por ajuda para supostamente comprar pernas mecânicas a Tainara. Ao todo, foram doados R$ 250.

Ambas as campanhas foram retiradas do ar. Elas continuam aparecendo nos resultados de busca do Google, mas já não estão mais disponíveis. Uma página falsa criada no Instagram usando o nome da vítima também foi derrubada após denúncias.

COMO FOI A AGRESSÃO

Douglas Alves da Silva, 26, atropelou Tainara na saída de um bar no sábado. Imagens registraram o momento em que ela foi arrastada pela avenida Morvan Dias de Figueiredo até a rua Manguari, próximo à Marginal Tietê. O irmão contou ao UOL que Tainara mora na região.

Após o crime, Douglas fugiu, mas acabou preso na noite de domingo (31). Testemunhas relataram à polícia que ele conhecia Tainara e que os dois teriam discutido no bar momentos antes, conforme o boletim de ocorrência.

Testemunha afirmou que o suspeito puxou o freio de mão do carro para aumentar o atrito e causar mais ferimentos. Outras pessoas tentaram intervir, mas o motorista acelerou. A Polícia Civil investiga o caso como tentativa de feminicídio. A ocorrência foi registrada no 73º DP (Jaçanã).

‘QUIS DAR UM SUSTO’

Em depoimento, Douglas disse que seu amigo se desentendeu com o homem com quem a vítima estava, informou o delegado Augusto Bícego. O suspeito afirmou que interveio na discussão entre os dois e tomou uma garrafada no rosto, e que depois ele saiu de carro com o amigo, chamado de Kauan.

Momentos depois, ele afirmou que viu a vítima caminhando com o homem e decidiu “dar um susto” no casal. Segundo Douglas, Tainara se “projetou” contra o carro e foi atropelada. O advogado de Kauan, Matheus Lucena, negou a versão do interrogado, a classificando como “fantasiosa e exculpatória”.

Suspeito também disse que percorreu mais de 1 km com a vítima presa ao veículo porque o som do carro estava alto. Ao ser questionado sobre ter arrastado a mulher, voltou a citar o volume do som e afirmou que os vidros do carro estavam fechados.

Amigo disse que Douglas tinha histórico de relacionamento com a vítima. Ao UOL, o delegado comentou que o amigo dele já conhecia a vítima.

Suspeito teria histórico de relacionamento com Tainara e ficou “enfurecido”, ao vê-la com outro homem, segundo o delegado. O amigo de Douglas afirmou à polícia que ele não gostou de ter visto Tainara acompanhada.

Defesa de Douglas alega que a informação de que o crime foi cometido por ciúmes é “totalmente infundada”. Em nota enviada ao UOL, o advogado Marcos Tavares Leal disse que Douglas “jamais manteve relacionamento com a vítima” e que o homem não reagiu à prisão, como informado pela polícia.

Douglas “se encontrava desarmado e dormindo no quarto de hotel aguardando a chegada de seu advogado para se apresentar a Justiça” quando foi preso, afirmou.

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