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Brasil

Em São Paulo, manifestantes pedem transparência nas concessões públicas

Arquivo Geral

05/10/2007 0h00

Em São Paulo, link uma manifestação que pede transparência nas concessões de rádio e TV atraiu cerca de 150 pessoas à Avenida Paulista, buy segundo estimativas da Polícia Militar. O ato teve início às 12 horas, com a entrega simbólica de um contrato popular a representantes da TV Gazeta listando dez compromissos a serem assumidos pelas emissoras de rádio e TV.

Hoje vencem as concessões de uma série de veículos. Entre elas, emissoras próprias e afiliadas da Rede Globo, Bandeirantes, Record e CNT/Gazeta.

Os manifestantes, segurando balões coloridos com a frase da campanha “Concessões de rádio e TV: quem manda é você”, seguiram em passeata pela Avenida Paulista em sentido ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde fizeram um novo ato. A manifestação terminou por volta das 15 horas, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, quando os manifestantes soltaram os balões e entregaram uma cópia do contrato popular a representantes do grupo CBS, que detém a concessão de várias rádios e cuja sede está instalada nesse cruzamento.

Segundo Bia Barbosa, integrante da organização Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, a manifestação pretende “sensibilizar e discutir com a população a questão das concessões no Brasil”. Barbosa disse ainda que o ato não é contrário às concessões e a nenhuma emissora em particular e que os manifestantes pretendem apenas denunciar o funcionamento e a exploração das concessões no país.

“As poucas regras estabelecidas não são cumpridas pela imensa maioria das emissoras comerciais e não há nenhum tipo de fiscalização do Ministério das Comunicações e da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)”, afirmou.

Durante a manifestação, foi entregue e protocolada na Justiça Federal uma ação civil pública contra três emissoras de TV paulistas que veiculam publicidade 24 horas por dia. De acordo com Barbosa, o limite para veiculação de publicidade pelas emissoras é de 25% da programação. Uma cópia da ação também foi entregue ao Ministério Público Federal.

Também participaram do ato em São Paulo representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). As duas entidades defenderam a concessão de canais de rádio e TV para os movimentos sociais.

“Hoje os movimentos sociais não tem instrumento de diálogo com o conjunto da sociedade com os quais possa discutir e apresentar suas opiniões e travar o debate democrático”, disse Lúcia Stumpf, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Segundo Antonio Carlos Spis, representante da CUT na Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), “os meios de comunicação oficial deturpam e criminalizam os movimentos sindical, social e estudantil”.

Ontem (4), a CMS e outras organizações da sociedade civil lançaram uma campanha pedindo melhores avaliações das concessões de rádio e TV no Brasil.

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