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Brasil

Apenas duas doses das vacinas não são eficientes contra Ômicron

Não existem evidências suficientes de que o número de casos graves ou de mortes possa também aumentar entre os vacinados

Geovanna Bispo

13/12/2021 15h54

Reprodução

Um estudo inédito da Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostrou que apenas duas doses da vacinas contra covid-19 AstraZeneca e Pfizer não são suficientes para induzir anticorpos neutralizantes contra a nova variante Ômicron.

Ou seja, isso indica que pessoas anteriormente infectadas ou com apenas duas doses dos imunizantes tem mais chance de se infectar com a cepa. Como teste, os especialistas utilizaram amostras de sangue de pessoas que estavam vacinadas junto ao vírus vivo isolado.

Os resultados mostraram que os títulos neutralizantes, ou seja, o nível de anticorpos neutralizantes que impedem a entrada do vírus nas células, tiveram, em sua maioria, o nível abaixo do limite detectável.

Segundo os pesquisadores, isso indica que a ômicron tem o potencial de gerar uma nova onda de infecções no mundo. Mesmo assim, não existem evidências suficientes de que o número de casos graves ou de mortes possa também aumentar entre os vacinados.

Até o momento, não foram feitos testes em pessoas que tomaram uma terceira dose, mas os especialistas consideram que o reforço possa melhorar a proteção contra a cepa, já que, naturalmente, ela significa uma maior concentração de anticorpos.

“Esses dados ajudarão aqueles que estão desenvolvendo vacinas e estratégias de vacinação a determinar as rotas para melhor proteger suas populações e transmitir a mensagem de que aqueles que estão elegíveis ao reforço devem tomá-lo”, explicou o chefe da Divisão de Ciências Médicas da Universidade e principal autor do artigo, Gavin Screaton.

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