O supervisor foi o primeiro a depor. Em seguida, falaram um controlador e o assistente dele que estavam monitorando os vôos no momento do choque. Com os depoimentos de hoje, a Polícia Federal termina de ouvir os 13 controladores que estavam trabalhando no dia do acidente no Cindacta 1, em Brasília.
O papel do supervisor, um controlador de tráfego mais experiente, é acompanhar o trabalho dos operadores que monitoram o console. Ele tem ainda de verificar se os controladores estão atentos e pode interferir caso surjam problemas.
Esse desfalque pode ter contribuído para que os dois controladores não tivessem percebido que o Legacy estava em rota de colisão com o Boeing ao não reduzir a altura depois de cruzar Brasília. Pelo plano de vôo, o jato tinha de baixou de 37 mil pés para 36 mil pés nesse trecho.
O depoimento dos três últimos controladores de vôo é considerado o mais importante porque eles eram os funcionários que estavam atuando na hora do maior acidente aéreo da história brasileira e tentaram entrar em contato com o Legacy, sem sucesso. Ontem, o advogado dos controladores de vôo atribuiu a falha de comunicação à existência de "buracos negros" no sistema de vigilância aérea no Mato Grosso.
A Procuradoria de Justiça Militar descartou qualquer falha nos equipamentos. O procurador designado para acompanhar o caso afirmou que os controladores deveriam ter contactado o Cindacta de Manaus ao não terem recebido resposta do Legacy.