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Brasil

Com aeroporto de Porto Alegre alagado, empresas criam novos voos para o sul

Na quinta-feira (9), o governo Lula (PT) anunciou a ampliação da capacidade de sete aeroportos regionais do interior do Rio Grande do Sul

Redação Jornal de Brasília

10/05/2024 22h28

Foto: Divulgação

FÁBIO PESCARINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Empresas de aviação criaram malhas aéreas emergenciais para o sul do país por causa do fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que desde a última sexta-feira (3) está alagado e com aviões embaixo d’água, por causa da inundação que atinge a capital gaúcha.

Juntas, as empresas Azul, Gol e Latam terão cerca de 400 voos extras para Paraná, Santa Catarina e cidades do interior do Rio Grande do Sul, até 30 de maio -o aeroporto de Porto Alegre ficará fechado ao menos até esta data.

Na quinta-feira (9), o governo Lula (PT) anunciou a ampliação da capacidade de sete aeroportos regionais do interior do Rio Grande do Sul e dois de Santa Catarina para que até 116 voos comerciais sejam realizados semanalmente.

A Azul diz ter criado 150 voos extras até o fim do mês, que partem e chegam de quatro municípios gaúchos (Santo Ângelo, Pelotas, Uruguaiana e Santa Maria), além de Curitiba (PR) e Florianópolis (SC), com ida e volta para Viracopos, em Campinas, no interior paulista.

O Aeroporto Internacional de Florianópolis registrou, entre sábado (4) e esta sexta-feira (10), uma alta de 19% no fluxo de passageiros recebidos, em comparação à semana anterior.

Os voos da Azul serão em aeronaves Embraer-E1 e ATR 72-600, com capacidades para 118 e 72 pessoas por voo, respectivamente.

A Gol afirma ter criado 122 voos até o dia 30 de maio. A ampliação da oferta será a partir de São Paulo para as cidades gaúchas de Caxias do Sul e Passo Fundo, além de Chapecó (SC), e do Rio de Janeiro (Galeão) para Florianópolis.

Em Passo Fundo, que hoje conta com até três voos semanais para Guarulhos (Grande São Paulo), com aeronaves Boeing 737-700 de 138 lugares, a Gol terá embarques diários e operados por aviões 737-800, com 48 assentos a mais por decolagem.

Os voos para Caxias do Sul partem do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.

A malha aérea emergencial da Latam começou a operar nesta sexta-feira (10). Segundo a empresa, foram adicionados 46 voos semanais entre São Paulo e os aeroportos catarinenses de Jaguaruna e Florianópolis, e de Caxias do Sul.

Os voos para Santa Catarina partem e chegam ao aeroporto internacional de Guarulhos e as operações para Caxias do Sul, de Congonhas.

Tanto a Gol quanto a Latam esperam autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para aumentar o limite de voos para Caxias do Sul e ampliar a oferta.

A Fraport Brasil, que administra o aeroporto Salgado Filho, está estruturando a operação de voos comerciais para o transporte de passageiros a partir de Base Aérea de Canoas (RS).

O plano, diz a empresa, contará com ações para adaptação da base para receber passageiros, além de cargas e ajuda humanitária –que já está em andamento.

De acordo com a concessionária, ela tem autorização para operar até cinco voos diários saindo de Canoas. Os destinos devem ser divulgados nos próximos dias.

O fechamento de um aeroporto pelo período de quase um mês, como está prevista a interrupção nas operações do Salgado Filho, em Porto Alegre, é sem precedentes na história da aviação brasileira

A concessionária interrompeu por tempo indeterminado todos os pousos e decolagens na última sexta-feira quando a pista ainda não estava tomada pela água, após companhias aéreas suspenderem voos para Porto Alegre.

Não levou muito tempo para a pista sumir no meio da água, que atingiu os terminais. Há imagens das cadeiras na sala de espera para embarque e escadas rolantes no meio da inundação.

No sábado (4), quando a água invadiu o local, o terminal de passageiros foi fechado e o aeroporto acabou evacuado. Um cargueiro e aeronaves executivas ficaram no alagamento.

Nesta sexta, o site Aeroin mostrou que o alagamento voltou a subir, aumentando o impacto causado às aeronaves –algumas estavam quase embaixo d’água.

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