“Para vocês foi um fato novo, mas para a gente não. Convivemos sob pressão e os nervos estão à flor da pele. Por isso ocorreu uma discussão um pouco mais ríspida, mas foi tudo normal. A gente sempre discute nos treinos e nos jogos, mas com o objetivo de vencer. Acredito que foi a partir daí que construímos a nossa caminhada para o título”, ressaltou o levantador Marcelinho.
Um dos principais amigos de Ricardinho, ele explica o que aconteceu. “No hotel teve uma reunião logo depois do jantar com os 12 jogadores. A gente se acertou, discutimos um pouco mais, cada um deu a sua opinião e a partir dali tudo voltou ao normal”, explicou.
Melhor atacante do Mundial, Dante confirma a versão. “Fizemos uma reunião para encerrar tudo ali mesmo. Essa família é assim: a gente briga, discute, mas somos muito unidos. Os 12 atletas são humildes, não tem um que quer aparecer mais que outro”, garantiu.
Um dos envolvidos no momento de tensão, Escadinha atribui aquilo à vontade de vencer da equipe. “O vôlei é a oportunidade que eu tenho de colocar comida na minha casa, então eu entro para rachar. Vou para qualquer situação, independente de como está o jogo. O espírito da seleção é esse: a gente não pensa em fraquejar nunca”, garantiu.
Giba, por sua vez, ressalta que nem a superexposição com o bi mundial pode atrapalhar esta equipe. “Campanha publicitária, por exemplo, é uma coisa natural, mas não procuro ficar fazendo. Até cai na questão da vaidade do grupo. Por isso, estamos tentando fazer publicidade em prol do time”, discursou.
Dante exemplifica esta união com a reação do time após a derrota para a França ainda na primeira fase. “É só o Brasil que consegue fazer isso. Outro time baixaria a guarda. Depois daquela derrota a noite foi complicada. Todo dia a gente lembrava para não passar por isso de novo. Sabíamos que a gente poderia ter dado um pouco mais”, reconheceu.
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