A seleção brasileira feminina de basquete chega apenas nesta terça-feira ao país após a disputa do Torneio Pré-olímpico das Américas, mas o técnico Paulo Bassul fez as malas mais cedo e desembarcou nesta segunda-feira, em São Paulo. A pressa é por um bom motivo. Enquanto as jogadoras estiverem desfazendo suas malas amanhã, o treinador estará viajando para a Itália, onde vai espionar os adversários europeus que estarão no Pré-olímpico Mundial, em junho do ano que vem. De quebra, cumpre mais duas missões, negociando amistosos para as seleções principal e de novas.
Na Itália, Bassul vai acompanhar a fase final do Campeonato Europeu que define não apenas o representante continental diretamente classificado para as Olimpíadas de Pequim-2008, mas também os quatro países que participarão do Pré-olímpico Mundial. Como não venceu o classificatório continental, o Brasil lutará por uma das cinco vagas finais para a China contra outras 11 seleções na repescagem do próximo ano.
“As sete adversárias mais fortes a estas cinco vagas serão os países da Europa e da América (Cuba e Argentina)”, explica o treinador, que ficará em Chieti, mesma cidade na qual trabalhou como técnico por três meses. “Vou observar os adversários e fazer estes contatos”, diz, sem ter uma idéia exata de quantos amistosos tentará programar. “O máximo possível”.
Em busca da classificação para Pequim, a comissão técnica brasileira tem como meta preencher uma lacuna deixada na preparação deste ano. “Vamos tentar marcar os amistosos que não pudemos fazer este ano tanto para o Pré quanto para as Olimpíadas”, diz o técnico, cuja equipe compensou a falha enfrentando times juvenis masculinos.