Apesar de já ter idéia de quem deve sair, Barbosa prefere não se adiantar, mas garante que uma posição não deve ser mexida: a armação. “Os cortes devem ficar entre as pivôs e as alas”, garante o experiente treinador, que conta atualmente com seis pivôs, oito alas e apenas três armadoras de posição no grupo.
A partir da próxima segunda-feira, a seleção feminina terá 14 jogadoras e espera pela chegada da ala Iziane, que ainda atua pelo Seattle Storm na temporada 2006 da WNBA (a liga profissional norte-americana). Apenas nos últimos dias antes do Mundial novo corte de três atletas deve acontecer, definindo o grupo de 12 para o torneio.
Na já importante competição, que agora ganha peso extra por ser disputada no Brasil, Barbosa não deve apresentar grandes revoluções em relação ao time titular que terminou em sétimo no último mundial da China, em 2002. Mesmo com jogadoras novas, baseará a escalação na experiência e na confiança que tem pela atleta.
E para confirmar esta idéia, é taxativo. “Estamos em um constante processo de renovação. Mas ano de Mundial não é momento para renovar”, explica Barbosa. “Temos experimentado várias jogadoras, mas vamos ficar com as 12 que mantêm boas apresentações. Renovação não é tirar o velho e pôr o novo. É saber usar na hora certa”.
Quanto a certas jogadoras que seguem no grupo, caso de Janeth (37 anos, Alessandra (32) e Cíntia (31 anos), o técnico admite certa preocupação, mas garante saber lidar com este “problema”. “Temos que saber balancear, dosar o tempo que estas jogadoras passam em quadra. A Janeth, por exemplo, é imprescindível. Mas não dá para querer que ela jogue 30 minutos por partida”.
A situação permite a Barbosa até mesmo uma relação com o longo tempo que permanece à frente da equipe. “Não podem confundir experiência com velhice. Posso estar há muito tempo na seleção, mas me mantenho atualizado, perto de gente jovem. E isso até ajuda para as jogadoras. Elas já me conhecem e isso facilita o trabalho”, garante ele, que estreou em 1997 no comando.
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