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Brasil

Após recomendação do MPF, estado do Tocantins implanta programa de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas

Assassinato de liderança de movimento social, ocorrido em dezembro passado, foi um dos motivos para envio da recomendação

Redação Jornal de Brasília

28/03/2023 17h09

Imagem: Comunicação/MPF

Respondendo a recomendação do Ministério Público Federal (MPF), o governo do Tocantins implantou o Programa Estadual de Proteção às Vítimas e Testemunhas (Provita), que oferecerá medidas para assegurar a integridade física e psicológica de pessoas ameaçadas ou coagidas por colaborarem com investigações ou processos criminais.

Para implantar o programa, foi publicado o Decreto 6.589/2023, que instituiu o Conselho Deliberativo do Provita, publicado no Diário Oficial do Tocantins em 1º de março de 2023. Conforme consta na recomendação, desde 2015, o MPF buscava a implantação do programa, por meio de inquérito civil público instaurado para cobrar providências das autoridades estaduais.

O assassinato do líder de movimento social Raimundo Nonato Silva Oliveira, em dezembro passado, foi um dos motivos que levaram o MPF a expedir a recomendação, diante da urgência para se garantir a proteção de testemunhas, familiares ou vítimas de violência sob grave ameaça.

A recomendação do MPF, feita pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no Tocantins, Fernando Oliveira Júnior, foi direcionada à Secretaria da Cidadania e Justiça do Tocantins, à qual ficou vinculado o Conselho do Provita. O conselho será composto por representantes de outras secretarias estaduais, como a de Segurança Pública e a de Saúde, além de contar com participação do Judiciário e do Ministério Público do Tocantins, bem como da Ordem dos Advogados do Brasil e das defensorias públicas do Estado e da União. Também integrarão esse colegiado três representantes de entidades que atuam na área de direitos humanos.

Entre as competências do Conselho do Provita estão decidir sobre o ingresso e a exclusão de beneficiários do programa, requerer a concessão de medidas cautelares para se garantir a eficácia da proteção e adotar providências para se obter decisão judicial de alteração de identidade civil, entre outras atribuições.

Inquérito Civil 1.36.000.000758/2015-24
Íntegra da Recomendação 1/2023
Íntegra da resposta da Secretaria da Cidadania e Justiça do Tocantins

Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Tocantins
(63) 3219-7238/7315 | 99247-8714
[email protected] | Twitter: @mpf_to
https://saj.mpf.mp.br/

Com informações do MPF

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