Menu
Brasil

Alunos são suspensos após fazerem saudação nazista em sala de aula em Criciúma

Nas imagens, cinco alunos aparecem sentados nas carteiras e, após um professor surgir na porta da sala, eles imitam uma saudação nazista

Redação Jornal de Brasília

27/08/2021 17h09

Foto: Redes Sociais

Katna Baran
FolhaPress

A direção de um colégio particular de Criciúma, no sul de Santa Catarina, anunciou nesta quinta-feira (26) a suspensão de um grupo de estudantes do 9º ano que reproduziu uma saudação nazista em sala de aula. O caso ocorreu há cerca de três meses, mas o vídeo foi compartilhado nas redes sociais nos últimos dias. Nas imagens, cinco alunos aparecem sentados nas carteiras e, após um professor surgir na porta da sala, eles ficam em pé e esticam o braço direito, imitando uma saudação nazista.

Em nota, a direção do Colégio da Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (Satc) afirmou que apologia ao nazismo é crime e que repudia e não compactua com a atitude dos alunos. “Deste modo, as providências cabíveis foram tomadas, com a suspensão de alunos, advertências e a realização de uma reflexão sobre o nazismo e o quanto esse regime foi pavoroso para a história humana”.

Segundo a instituição, o professor envolvido no caso não é judeu e foi o primeiro a advertir os alunos. Como exemplo, ele “fez uma reflexão como se ele fosse um judeu” para que eles percebessem como o ato reproduzido “impactou e ainda impacta na vida de muitas pessoas”.

“Ele usou isso como exemplo para alertar sobre as responsabilidades de cada um”, afirmou o diretor do colégio, Carlos Antonio Ferreira, em vídeo publicado nesta sexta-feira (27) nas redes sociais da instituição. “Tudo já foi devidamente esclarecido e foram tomadas as medidas inclusive educativas. […] É necessário que a gente use esse tipo de abordagem para dar o melhor encaminhamento”, disse o diretor.

Na mesma cidade catarinense, o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) anunciou nesta semana a demissão de um professor de artes da rede municipal de ensino que exibiu em sala de aula o clipe da música “Etérea”, do cantor Criolo, que tem contexto LGBTQIA+. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito chamou o conteúdo do clipe de “viadagem” e pediu para que pais de alunos denunciem atividades parecidas que eventualmente ocorram em escolas da rede pública.

“Não permitimos, não toleramos, está demitido o profissional. Nas escolas do município, enquanto eu estiver aqui de plantão, isso não vai acontecer, esse tipo de atitude, essa ‘viadagem’ na sala de aula, nós não concordamos. E se os pais souberem de algo parecido que foi exposto para os seus filhos, por favor, entrem em contato com o município”, afirmou. O Ministério Público de Santa Catarina está apurando a conduta do prefeito.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado