Além da desvantagem de quatro pontos na classificação, Fernando Alonso (foto) ainda tem um problema a mais pra lidar no Grande Prêmio do Brasil: irá largar na quarta colocação, duas posições atrás do britânico Lewis Hamilton, seu companheiro de McLaren e mais forte candidato ao título da temporada de 2007 da Fórmula 1.
Apesar de ter sido superado pelas duas Ferrari e pela outro carro da equipe inglesa, o bicampeão parecia tranqüilo após o treino. Não escondeu sua decepção com o próprio desempenho, é claro, mas deixou claro que a quarta colocação foi conseqüência principalmente do próprio piloto.
“Não aconteceu nada de diferente no treino. Sairei em quarto, a pior posição (dentre Ferrari e McLaren), fiz uma boa volta e só perdi o terceiro lugar por alguns milésimos”, explicou Alonso, que cravou 1min13s356 e ficou atrás de Kimi Raikkonen, terceiro com 1min13s322. “Os tempos foram muito apertados e, como o circuito não é muito grande, vários pilotos podem estar nos mesmos décimos”, lembrou o ibérico.
O ídolo espanhol chegou a suspeitar que o carro pudesse ter enfrentado alguns problemas, mas lamentou que as coisas não estivessem caminhando bem, “porque pude liderar a classificação em todo o final de semana”. Sem ter liderado um treino durante todo o final de semana, Alonso mostra uma expectativa nada otimista em relação à corrida deste domingo.
“Sou um pouco pessimista, mas amanhã veremos o que acontecerá. Também saí em quarto na China (quando foi segundo), e verei se esta posição me dá sorte. O dia de hoje já acabou e não podemos fazer mais nada. Há 71 voltas pela frente e, se não acreditasse, já teria jogado a toalha há muito tempo”, lamentou Alonso, que foi além e demonstrou desgaste com a temporada.
“É um milagre estar lutando pelo Mundial depois de tudo que me aconteceu. Espero que isto acabe bem, ou que pelo menos acabe de uma vez. Aconteça o que acontecer, fico com a cabeça erguida e contente com o campeonato que fiz”, desabafou.
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