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Brasil

Acusado de liderar garimpo ilegal é contratado pelo Exército

Em 2022, a empresa Cataratas e seus sócios foram denunciados por exploração ilegal de minérios na terra Yanomami

Camila Bairros

08/05/2023 8h00

Foto: Leo Otero/MPI

O Exército contratou a empresa Catarata Poços Artesianos para perfurar poços na Terra Indígena Yanomami. Porém, o empresário Rodrigo Martins Mello, dono do local, é um dos principais acusados de liderar o garimpo ilegal na região.

Por isso, o Ministério Público Federal (MPF) em Roraima pediu à Justiça Federal a suspensão da contratação da empresa, citando as irregularidades. A decisão do juiz foi que a empresa termine os poços antes de se retirar da área, para que não haja prejuízo para a população. Após terminado, a Catarata Poços Artesianos estará proibida de acessar a região e realizar novos contratos públicos sem autorização judicial prévia.

A empresa foi contratada pelo Exército em regime de emergência, com o objetivo de aumentar a quantidade de água disponível no 4 Pelotão Especial de Fronteira (PEF), como parte de uma operação de socorro aos indígenas na região de Surucucu, em Roraima, pelo valor de R$ 185 mil – menor preço em um pregão eletrônico.

O MPF também investiga a possível contratação da mesma empresa pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, para instalar outro poço na Unidade Básica de Saúde Indígena de Surucucu.

Em 2022, a empresa Cataratas e seus sócios foram denunciados por exploração ilegal de minérios na terra Yanomami. Eles viraram réus por lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça e por formar organização criminosa responsável por fornecer aeronaves, munições de armas de fogo, combustível e outros materiais para o garimpo ilegal.

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