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Brasil

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A continuação do filme de 2024, segue a cartilha do segundo ato do musical da Broadway e ainda acrescenta uma série de situações que não apareciam antes

Redação Jornal de Brasília

25/11/2025 9h08

Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

ISABELLA MENON
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O público brasileiro foi um dos primeiros a ter a oportunidade de assistir a “Wicked: Parte 2”. No começo do mês, São Paulo recebeu a primeira pré-estreia mundial do filme, que entrou oficialmente em cartaz só nesta semana. Desde então, o momento não sai da cabeça da protagonista, Cynthia Erivo: “Foi maravilhoso”.

“Tenho uma estranha afinidade com o Brasil”, diz a atriz, que vive a bruxa verde Elphaba. “Não sei explicar. Amo as pessoas. Recebi tanta gentileza do povo brasileiro. E estava muito animada para levar o filme, estar lá e ver todo mundo ao vivo. [Teve] tanta emoção, tanta alegria, tantas risadas, sabe? Quero voltar!”

A continuação do filme de 2024, segue a cartilha do segundo ato do musical da Broadway e ainda acrescenta uma série de situações que não apareciam antes. Na trama, Elphaba vive escondida na floresta após se rebelar contra o Mágico de Oz, que só ela percebeu que não passa de um charlatão.

Seus esforços para tornar pública a descoberta são em vão e, na maioria das vezes, se voltam contra ela. Por isso, a maior parte do povo de Oz acredita que ela é uma bruxa má e teme sua presença —as notáveis exceções são Glinda (Ariana Grande), que está no processo de entender de que lado quer ficar, e Fiyero (Jonathan Bailey), que está noivo da bruxa boa, mas sabe que no fundo é apaixonado por Elphaba.

Essa percepção distorcida é algo com que Cynthia diz se identificar, especialmente sendo uma pessoa pública. “É essa ideia de que as pessoas presumem quem você é, presumem que conhecem você”, comenta a atriz. “Na verdade, eu entendi como pode ser doloroso ou perturbador e como pode ser frustrante, porque você quer que as pessoas te conheçam pelo que você é. Você quer que as pessoas saibam quem você é de verdade como pessoa.”

“Mas existe aquele outro lado em que você não pode contar para todo mundo”, continua. “Nem todos podem saber porque você não vai conhecer todas as pessoas do mundo. Então, há uma parte de você que precisa se render e deixar as coisas como estão, deixar as pessoas acreditarem no que quiserem sobre você. Desde que você saiba quem é profundamente por dentro, isso é o que realmente deve contar.”

No entanto, ela entende que há uma diferença fundamental entre ela e Elphaba. “Eu cheguei a um ponto onde estou bem com as pessoas acreditando no que quiserem”, afirma. “Sei que quero me apresentar como uma boa pessoa no mundo. Mas Elphaba passou tanto tempo lutando contra isso que, na verdade, só no final do filme ela consegue deixar isso para lá e se render àquilo que as pessoas acreditam sobre ela para fazer as coisas avançarem, sabe?”

A atriz vive também a expectativa de voltar a ter o trabalho reconhecido na temporada de premiações do cinema americano, com o ápice dessa experiência ser uma nova indicação ao Oscar. Ela já concorreu em 2020 pelo filme “Harriet” e neste ano pela primeira parte de “Wicked”, e está bem cotada para voltar a entrar na seleta lista de concorrentes ao prêmio.

Por outro lado, é extremamente raro que um ator concorra várias vezes pelo mesmo papel. Se for indicada, ela se soma a uma lista que inclui Al Pacino, Paul Newman, Bing Crosby e Peter O’Toole. A única mulher a alcançar esse feito foi Cate Blanchett, por “Elizabeth” (1998) e “Elizabeth: A Era de Ouro” (2007).

Cynthia diz que tenta não se preocupar muito com isso. “Sempre que uma indicação acontece é algo realmente bonito, é uma coisa adorável ser lembrada por isso, mas eu não penso muito nisso no momento porque realmente quero que as pessoas amem o filme e que vão vê-lo, e isso é tudo que posso controlar.”

“O que acontece com prêmios não está sob meu controle”, explica. “Se acontecer, aconteceu; se não acontecer, é a vida. Não foi minha vez. Entende o que quero dizer? Então você só precisa deixar nas mãos do universo e ver o que acontece.”

Mas não vai ser nada mal se rolar, né? “Não, é claro que não. E eu sei por experiência pessoal que não é nada mal, mas, sabe, certamente não vai me machucar se não acontecer. Ainda é uma coisa maravilhosa fazer parte de algo assim”, afirma.

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