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Vendedor de cachorro-quente pede que doações parem por já estar suficiente

Joaquim chegou à Dom Bosco ainda em 1975. Desde então, o carrinho segue no mesmo ponto

Redação Jornal de Brasília

21/05/2020 18h01

Na Rua Dom Bosco, no Centro do Recife (PE), Barruada, que na verdade é Joaquim Antonio, e seu carrinho de cachorros-quentes fazem parte da paisagem e são presença garantida na rua. Alunos do colégio Salesiano comprar os lanches na barraquinha há mais de 45 anos. Por conta do tempo em que está no ponto, é dificil achar alguém que passou pelo colégio e não o conheça. 

Durante a quarentena, todas essas pessoas se mobilizaram par ajudar Barruada a se manter mesmo se vender seus cachorros-quentes. Em um vídeo, ele agradeceu as doações e disse que não precisava mais de ações como esta já que já tinha recebido dinheiro suficiente. 

O vídeo gravado pelo Barruada viralizou na internet. O vendedor explica que o doado já é sufieciente para passar pelo período de dificuldade. “Ô, meu filho, aqui é Barruada, que pediu ajuda a vocês. A gente estava olhando a conta aqui que vocês fizeram os depósitos e a gente estava pensando em parar. Vamos parar, por favor, um pouco. O que vocês me ajudaram já dá para vencer a batalha. Peço a vocês, por favor, parem. Se precisar, a gente pede a vocês de novo. Muito obrigado pela ajuda”, pede no vídeo. 

Joaquim chegou à Dom Bosco ainda em 1975. Desde então, o carrinho segue no mesmo ponto e hoje o negócio é tocado pelo filho, Mário. 

O engenheiro civil, Paulo Falcão, que estudou no Salesiano entre 1971 e 1979 lembra da história do nome. “Ele não dava um sorriso pra ninguém, sempre foi muito sério. Foi a gente que colocou o apelido. No começo, ele não gostava, ficava bravo. Depois, aderiu”, explicou. 

O Barruada ficou conhecido, inclusive, por ser bravo. “A turma perturbava muito com ele, que se defendia”, lembrou Paulo. 

Os ex-alunos lembram que o vendedor se irritava quando a bagunça se formava perto de seu carrinho. Outra marca de Barruada era a venda no fiado, apenas para algumas pessoas, e com nome no caderninho. 

“Quando vi que ele estava passando por dificuldades, procurei logo ajudar. Acho que quem passou pelo Salesiano vai se lembrar porque ele faz parte. É como se fosse um amigo de lá”, diz Paulo.

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