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UniFavela é o pré-vestibular comunitário que aprovou todos os estudantes em universidades públicas 

Um aluno cedeu a própria casa para ter aulas com o projeto, que não tinha sede

Redação Jornal de Brasília

27/09/2019 18h01

Da Redação
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Três jovens cariocas fundaram o UniFavela que é um pré-vestibular comunitário para
estudantes do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Em menos de um ano, o UniFavela já colhia frutos: todos os alunos da primeira turma passaram para universidades públicas do RJ.

O sucesso veio com uma mesa-estante de tijolos e um pequeno quadro doado em uma sala de aula improvisada na laje da casa de um dos estudantes.

Laerte Breno, Daniele Figueiredo e Letícia Maia começaram a ajudar vestibulandos meses antes, como monitores, em uma biblioteca da comunidade. A iniciativa cresceu e virou o UniFavela.

Cristian Gomes, de 21 anos, que cedeu a laje, foi um dos aprovados pelo UniFavela. O jovem, que hoje cursa administração na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conta que não hesitou em doar o espaço quando soube que as aulas poderiam ser encerradas.

Fundadores do projeto e também moradores da Maré, Laerte, de 24 anos, que cursa letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Daniele, 24 anos, graduanda de história na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), apostam no ensino não linear para passar os conteúdos aos estudantes.

Laerte conta que a iniciativa começou de maneira despretensiosa, mas que logo precisou de um quadro maior de voluntários. Pelas redes sociais, o grupo divulga as ações e também recebe novos professores que queiram contribuir para o projeto.

Estudante de história da UFRJ, Letícia Maia também passou a dar aulas no UniFavela a convite de Laerte.

Depois de meses funcionando na laje, o grupo conseguiu arrecadar fundos em uma vaquinha online após uma publicação viralizar nas redes sociais. Atualmente, a UniFavela funciona em uma sala de aula estruturada na sede de um projeto social na Maré.

Apesar do forte calor e períodos de chuva, a maior dificuldade, segundo os professores e alunos, não estava na falta de estrutura da sala de aula improvisada.

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