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Telescópios registram imagem espetacular de nebulosa

Por ter sido originada em uma época relativamente próxima, para o tempo espacial, há evidências de quando a estrela que originou a Nebulosa do Caranguejo explodiu

Redação Jornal de Brasília

08/05/2020 8h08

No ano 1054 d.C. a Nebulosa do Caranguejo passou a ser vista da Terra. O fenômeno decorrente da explosão de uma estrela foi captado em 2018 pelas lentes dos telescópios espaciais Hubble (roxo) e Telescópio Espacial Spitzer (rosa). Os dados obtidos pelo Observatório de Raios X Chandra (azul e branco) ajudaram a completar a imagem.

O Chandra vem coletando informações da nebulosa desde 1999. os dados de raios X ajudaram os astrônomos a entender melhor o fenômeno astronômico. Através de sua nítida visão de raio X, o Chandra examina a Nebulosa do Caranguejo, que foi um dos primeiros conglomerados que o equipamento monitorou. Desde então, a nebulosa tem sido alvo constante do telescópio.

Por ter sido originada em uma época relativamente próxima, para o tempo espacial, há pistas interessantes de quando a estrela que originou a Nebulosa do Caranguejo explodiu. Ter essa linha do tempo definitiva possibilita que os astrônomos entendam os detalhes da explosão e as consequências do fenômeno. Dessa forma, a partir da Nebulosa do Caranguejo, observadores em vários países relataram o aparecimento de uma “nova estrela” em 1054 d.C. na direção da constelação de Touro.

A partir do monitoramento da Nebulosa do Caranguejo, os astrônomos também descobriram que essa estrutura celeste é alimentada por uma estrela de nêutrons altamente magnetizada, em rotação rápida, chamada pulsar, que foi formada quando uma estrela maciça ficou sem combustível nuclear e entrou em colapso. A combinação de rotação rápida e um forte campo magnético na Nebulosa do Caranguejo gera um intenso campo eletromagnético que cria jatos de matéria e antimatéria se afastando dos polos norte e sul do pulsar e um vento intenso fluindo da direção equatorial.

Imagem em mosaico do Hubble que mostra a Nebulosa do Caranguejo, divulgada em 2005 / Foto: Nasa, ESA, J. Hester & A. Loll (Universidade Estadual do Arizona)

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