Da redação
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A irmã da menina de 13 anos, que pediu ajuda pelo WhatsApp após ser estuprada pelo pai, relatou nesta quarta-feira (30) que também sofreu abusos por parte do suspeito, de 47 anos, quando tinha seis anos. De acordo com a atendente, de 21 anos, o homem era padrasto dela e na época ela chegou a sair de casa para morar com a avó.
Mila conta que quando tinha seis anos, ele a molestava. Ela contou para avó, que a tirou da casa. Ainda segundo ela, com 12 anos, teve que voltar a morar com ele, mas aprendeu a se defender, então ele não fazia mais nada com ela.
De acordo com a atendente, antes de se mudar para São José do Rio Preto-SP, ela era vizinha do suspeito, que na época vivia com a mãe dela e com os irmãos.
Os abusos com a irmã de 13 anos ocorreram após a atendente ir embora da cidade. A menina só teve coragem de contar para ela cerca de um ano depois que já acontecia o crime, ainda de acordo com a atendente.
O caso
Uma menina de 13 anos pediu socorro à irmã pelo WhatsApp após ser estuprada pelo pai, de 47 anos. A irmã da vítima, Mila Christiã Rodrigues, de 21 anos, relatou que a adolescente sofreu abusos sexuais diversas vezes por parte do suspeito.
O crime teria ocorrido em setembro, mas a irmã resolveu divulgar o caso, devido ao homem permanecer solto oferecendo riscos a integridade dos familiares. Mila conta que, nas mensagens enviadas, a adolescente diz que os abusos aconteceram, pelo menos, em quatro ocasiões anteriores, sempre da mesma forma.
Na mais recente, a vítima acordou de madrugada com o suspeito em cima dela e com as roupas abaixadas. “Não aguento mais, quero morrer. Ele diz que só quer fazer carinho em mim, mas só quer passar a mão no meu peito”, diz a menor em um trecho das mensagens.
A irmã da menina mora em São José do Rio Preto-SP e, logo depois de receber a mensagem, foi até São Vicente-SP para buscar a irmã. A vítima morava sozinha com os dois irmãos e o pai. Mila também levou os irmãos mais novos, de 14 e 10 anos.
Na delegacia, a vítima conta que chegou a ser drogada pelo suspeito várias vezes, para facilitar os abusos. De acordo com ela, inicialmente o suspeito passava a mão nas partes íntimas, mas depois ele tirava a roupa e cometia o ato sexual.
Mila afirmou que, pouco antes de chegar na casa da irmã, o homem saiu de lá dizendo que ia embora e não foi mais localizado. Na delegacia, os policiais pediram exame de corpo de delito. Apesar do trauma, Mila diz que a irmã passa por atendimento psicológico no Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o homem é investigado por estupro de vulnerável e que as investigações seguem para esclarecer o caso.