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Soldado acusado de matar o próprio pai e de atuar em milícia é expulso da PM

Suspeito teria matado pai em agosto de 2014, por ele não concordar que filho namorasse uma adolescente

Redação Jornal de Brasília

05/05/2020 7h31

O ex-soldado Marco Aurélio da Silva Henrique foi expulso da Polícia Militar do Rio após ser acusado de ter matado o próprio pai. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), o ex-policial militar matou o pai, Manuel Henrique Pequeno Filho, de 54 anos, com dois tiros, enrolou o corpo em uma rede e escondeu em um barraco, na Baixada Fluminense. Marco também é investigado por atuar na milícia e por extorquir funcionários de uma loja de departamento situada na favela.

O suspeito teria matado o pai em agosto de 2014, por ele não concordar que o filho namorasse uma adolescente. Marco havia conhecido a adolescente enquanto atuava na favela da Zona Norte do Rio, onde trabalhava. O PM acabou sendo preso duas semanas depois do crime em Guaraciaba do Norte, no interior do Ceará, para onde fugiu após o homicídio.

O ex-soldado também responde na Justiça por ser o responsável da milícia que domina Rio das Pedras, além de extorsão. Na época, as cobranças, que aconteceram um mês antes do homicídio, foram denunciadas à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco). A adolescente que namorou o ex-policial confirmou as extorsões em depoimento e alegou que também participava das cobranças.

A defesa de Marco Aurélio alegou que o ex-soldado não tinha consciência de que estava praticando crimes e solicitou que fosse realizado uma avaliação psiquiátrica. Na acusação de extorsão, a Justiça  suspendeu o processo após laudo elaborado por profissionais do Hospital de Custódia Heitor Carrilho, em setembro de 2015, atestar que o acusado “apresenta superveniência de doença mental com diagnóstico positivo para Esquizofrenia paranóide”. Já no caso do homicídio, um laudo médico de 2018 concluiu que Marco era “inteiramente capaz de entender seu caráter delituoso, assim como de se determinar de acordo com o correto entendimento do fato”. 

Após a conclusão dos exames psiquiátricos, o juiz Felipe Carvalho Gonçalves da Silva, da Vara Criminal de Magé, determinou que o acusado fosse levado à júri popular. O julgamento está previsto para setembro de 2020.

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