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Sem receber auxílio emergencial, pipoqueiro depende de doações para manter família

Homem vendia pipocas, diariamente, na porta de diferentes escolas da região, mas desde março está sem poder trabalhar

Redação Jornal de Brasília

12/05/2020 11h54

O pipoqueiro Mauro Júnior, de 27 anos, tem dependido da solidariedade das pessoas para manter a sobrevivência da família. Os quatro integrantes da família: Mauro, a esposa e os dois filhos, tinham como fonte de rende apenas o carrinho de pipoca. Devido às medidas para combater a proliferação do novo coronavírus, desde o começo de março, o pipoqueiro foi obrigado a se afastar das ruas, onde exercia sua profissão.

“Eu estou vivendo com a ajuda de algumas mães, que fizeram uma vaquinha e me ajudaram. Algumas depositaram dinheiro na minha conta, outras me deram alimentos. É com essa ajuda que a gente está sobrevivendo”, relatou Mauro ao Portal G1.

O filho mais velho dele tem 2 anos de idade e o caçula tem apenas sete meses de vida. A família vive na comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes-RJ. Mauro vendia as pipocas durante todo o dia, na porta de diferentes escolas da região. No entanto, ele precisou parar com o trabalho logo nos primeiros primeiros sinais da doença no Brasil, quando a epidemia se transformara em pandemia.

“Sempre vivi de pipoca. Em 12 anos, essa é a primeira vez que aconteceu de ficar tanto tempo sem entrar nenhuma grana”, enfatizou o pipoqueiro, que vende pipoca nas ruas desde os 15 anos de idade.

A mulher de Junior está desempregada, mas nenhum dos dois recebeu o auxílio emergencial. A família se mantém com a doação de outra mães. No entanto, Mauro relata que a despensa fica cada vez mais vazia e as contas se acumulam.

“Eu tive que usar um pouco do dinheiro para pagar a TV [por assinatura], porque não dava para ficar com filho pequeno trancado dentro de casa num breu, sem fazer nada. Renegociei a dívida e paguei uma parte para poder manter a TV ligada”, destacou.

Além do aluguel de R$ 900, outra dívida que preocupa Mauro é a do carrinho de pipoca novo. “Mandei fazer com um conhecido meu e ainda falta pagar R$ 400. Prometi dar a ele a outra parte assim que voltar a trabalhar. Ele está segurando a onda”, revelou.

Apesar de não ter perspectiva de quando irá poder retornar ao trabalho, Mauro relata que consegue se manter tranquilo enquanto ainda tem alimento em casa.

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