Seis médicos urologistas, uma instrumentadora cirúrgica e mais uma mulher que trabalhava como secretária de um dos profissionais foram presos suspeitos de integrar um esquema de reaproveitamento de materiais cirúrgicos descartáveis.
Os mandados de prisão temporária foram cumpridos em cidades do Paraná e de Goiás, nesta quarta-feira (11). De acordo com a polícia, os investigados reutilizavam cateteres e outros equipamentos em até 15 cirurgias. Esses materiais deveriam ser utilizados apenas uma vez.
Além dos mandados de prisão temporária, também foram cumpridas 12 ordens de busca e apreensão.
Os equipamentos que eram vendidos à médicos urologistas que, de acordo com a polícia, reaproveitavam os materiais em cirurgias de pacientes particulares, proporcionando maior lucro aos cirurgiões.
O custo dos materiais era de R$ 1,2 mil, porém, eram comprados pelos profissionais por um preço entre R$ 250 e R$ 300, de acordo com a polícia.
Os crimes investigados são associação criminosa, falsidade ideológica de documento particular e adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
De acordo com a Polícia Civil, os alvos da operação devem ser indiciados por esses crimes. As investigações apontaram que a instrumentadora cirúrgica e a secretária tinham conhecimento da ilicitude dos procedimentos.