Da Redação
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MPF manteve as acusações de compra de votos e abuso de poder econômico atribuídas a deputada estadual amapaense Aldilene Souza (PPL), eleita pela primeira vez para o cargo em 2018.
A investigação feita a partir de imagens, áudios e vídeos apontou que a parlamentar, segundo o MPF, “capitaneou” esquema de captação ilegal de votos com uso de botijões de gás, entrega de legumes e verduras, transporte de eleitores e oferta de exames médicos.
Além de Aldilene, eleita com 4.108 votos, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), pede a condenação de três cabos eleitorais, entre eles, um policial militar que coordenou a campanha e que atualmente está lotado na sede da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap).
A assessoria jurídica e de comunicação de Aldilene Souza informou que em relação às alegações do MP Eleitoral, “a divulgação está em desconformidade e fora do contexto apurado no inquérito policial que não comprova participação da parlamentar em ato ilícito”, pontuou.
Ainda na justificativa, defesa de Aldilene completou que “a investigação policial concluiu que não se pode inferir qualquer conclusão e que não houve comprovação de ilegalidade da parlamentar”, reforça.
As ações ilegais cometidas, segundo o MPF, pela deputada e os cabos eleitorais aconteceram nos bairros Araxá e Pedrinhas, na Zona Sul de Macapá. Foram entregues cerca de 60 botijões no custo de R$ 60 cada, além dos alimentos e dos exames e medicamentos.
O MP também incluiu na ação encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) extrato bancário apreendido durante a operação da PF que mostra transferência bancária de R$ 10 mil feita na semana da eleição pela empresa de responsabilidade do marido de Aldilene Souza.
A movimentação foi classificada como “caixa dois” pela investigação, que iniciou ainda em 2018 quando após uma abordagem policial, foi identificada a possibilidade de compra de votos.