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Secretaria de Saúde afasta direção de hospital após corpo de bebê dado como incinerado ser achado

Disse ainda que sala onde o bebê deveria ser guardado estava sendo usada para atendimentos em virtude da superlotação da maternidade

Redação Jornal de Brasília

29/10/2019 13h33

Da redação
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A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia informou nesta segunda-feira (28) que afastou a direção e uma funcionária da Maternidade Marlene Teixeira após o episódio envolvendo o corpo de um recém-nascido. Inicialmente, ele foi dado como incinerado pelo órgão, mas depois foi localizado em uma empresa de coleta de resíduos biológicos. 

Além disso, a secretaria admitiu que o corpo foi acondicionado em um local fora do indicado, em uma geladeira junto com placentas e resíduos. Fotos feitas pela perícia mostram o eletrodoméstico usado para este fim.

 

Isso porque, conforme a instituição, a unidade de saúde estava superlotada e a sala usada para guardar o corpo até a chegada da funerária estava ocupada para a realização de atendimentos. 

Após ser entregue à família, o corpo do bebê foi sepultado. 

Sofrimento da família

O vendedor Rogério Cardoso, de 32 anos, sofre ao lembrar dos últimos momentos que teve com o filho recém-nascido, antes do corpo do bebê sumir de dentro da maternidade e a Secretaria de Saúde Aparecida de Goiânia afirmar que o bebê foi incinerado por engano junto com o lixo hospitalar. 

Enquanto vive o trauma e convive com as crises de choro da esposa, a dona de casa, Juliana Fernandes, de 29 anos, Rogério se revolta também com o impasse entre a Maternidade onde o filho nasceu, e a empresa responsável pela coleta do lixo. 

Empresa e hospital 

De acordo com a Secretaria de Saúde, “chegou-se ao indicativo de que a empresa responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos cometeu um equívoco e levou o corpo da criança para incineração”, informou. 

A empresa responsável pela coleta do lixo informou que “não viola o resíduo hospitalar recolhido de seus clientes, que é armazenado em depósito específico de responsabilidade de cada hospital”. A nota informa “que nada de anormal foi identificado em suas operações no dia do ocorrido”. 

Em nota enviada neste domingo (27), a Secretaria de Saúde disse que “o corpo do recém-nascido estava devidamente identificado acondicionado em refrigeração e em um compartimento específico, aguardando recolhimento pela empresa funerária”. 

Sobre a investigação da incineração do corpo, a polícia informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), mas ainda não divulgou detalhes do caso. 

O caso 

Desde a manhã de sexta-feira (25), a família de Rogério Cardoso de Almeida Filho, bebê que morreu logo após o parto, não sabe onde está o corpo do recém-nascido. O pai da criança chegou a vê-la morta, mas depois ela simplesmente sumiu.

O caso aconteceu em Aparecida de Goiânia-GO, na maternidade Marlene Teixeira. O pai, Rogério Cardoso de Almeida, voltou ao local com o Serviço de Verificação de Óbitos e constatou o desaparecimento. Segundo o pai, o próprio hospital conta que o bebê sumiu.

“Eles falam que sumiu, não sabem. Vão investigar o corpo, não sabem o que aconteceu”, diz o pai ao G1.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que o bebê morreu “quando estava prestes a ser transferido para unidade de alta complexidade”. 

Segundo a família, a criança nasceu prematura, no sétimo mês de gestação, na tarde de quinta-feira (24), e viveu por cerca de 12 horas. Consta na certidão de óbito que o bebê morreu por problemas respiratórios. Até a manhã deste sábado (26), o corpo não havia sido localizado.

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