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Rituais com nudez, sexo e sangue eram realizados em casa de deputada, diz testemunha

Homem relatou que, em determinado dia, Flordelis foi sozinha ao quarto onde ele estava e os dois tiveram relações sexuais

Redação Jornal de Brasília

22/06/2020 9h50

Durante as investigações da morte do pastor Anderson do Carmo, um depoente alegou à Polícia Civil do Rio que a vítima era integrante de uma seita religiosa. Além disso, o homem disse às autoridade que chegou a manter relações sexuais com a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD). A testemunha teria morado na casa da parlamentar por cinco anos, ao final dos anos 90. 

O jornal Extra teve acesso ao depoimento da testemunha. O relato é do dia 2 de setembro de 2019 e ocorreu na Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá. De acordo com o homem, o primeiro contato com a parlamentar ocorreu em 1995, quando ele e Flordelis eram integrantes de um grupo de orações no Lote Quinze, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A deputado o convidou para participar de um grupo de orações em sua casa, junto com Anderson, que já integrava a família.

A testemunha disse à polícia que, para entrar no grupo, precisou passar por um ritual de purificação. Nesse período, ele conta que ficou isolado em um quarto durante sete dias, vestido com roupas brancas e alimentando-se apenas de arroz e legumes. Ele também portava uma bíblia, rezava e recebia algumas visitas de pessoas que moravam na casa. 

Os visitantes eram integrantes de um grupo seleto de pessoas, que incluía a própria deputada. O homem relatou que, em determinado dia, Flordelis foi sozinha ao quarto onde ele estava e os dois tiveram relações sexuais. Segundo o homem, depois daquele dia, ele e a deputada se relacionaram outras vezes.

Apesar do depoimento não especificar qual era a relação de Flordelis com o pastor naquela época, em sua biografia, a deputada afirma ter começado a namorar com Anderson em 1993.

Um dos rituais supostamente presenciados pela testemunha teria ocorrido com a utilização de sangue. Na ocasião, Flordelis teria solicitado que alguns dos filhos cortassem a mão e utilizassem o sangue para escrever salmos da Bíblia. A pastora teria abrigado cerca de 30 crianças em sua casa. 

Em outro ritual, Alexander Felipe Matos Mendes, um dos filhos afetivos de Flordelis, teria jogado mel por cima de uma foto do empresário Pedro Werneck. O intuito do ritual seria iluminar Pedro. O empresário havia ajudado financeiramente a família de Flordelis até poucos anos atrás.

Outra acusação da testemunha é de que, após uma adolescente ter ingressado na casa da pastora, Anderson pediu a Flordelis autorização para se relacionar sexualmente com a jovem. A deputada teria autorizado o ato, mas a adolescente não gostava dessa situação, que ocorreu diversas vezes. O depoente também afirmou que Flordelis recebia pastores estrangeiros em sua casa e uma das filhas era oferecida sexualmente para eles.

Em outro ritual seleto, a testemunha disse que o pastor Anderson ficava totalmente despido e se posicionava no centro de um círculo feito a giz. Nesse momento, Flordelis realizava uma espécie de reza ou manta, no qual oferecia Anderson como oferenda. A testemunha alegou também que todos os integrantes do grupo eram renomeados. Anderson do Carmo era chamado de Daniel ou Niel.

Ao todo, duas testemunhas anônimas alegaram que Flodelis realizava rituais de magia negra em sua casa. O Ministério Público recebeu as denúncias e as encaminhou para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá.

 

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