Nesta sexta-feira (23), os navios da Marinha indonésia continuam com os esforços para localizar um submarino desaparecido com 53 pessoas a bordo que, se ainda estiverem vivas, poderiam esgotar suas reservas de oxigênio até esta tarde.
O submersível da Marinha indonésia, o “KRI Nanggala 402”, foi construído há 40 anos e iria participar de manobras que incluíam o lançamento de torpedos. Ele solicitou autorização para submergir na madrugada de quarta-feira (21), por volta das 3h00 (16h00 de Brasília, terça-feira), e desde então não respondeu às comunicações ou sinais.
Outros acidentes com submarinos já ocorreram antes, em diferentes localidades. Confira abaixo:
Ara San Juan (2017)

País: Argentina
Local do desastre: Atlântico Sul, a 600 km de Comodoro Rivadavia, na Argentina
Motivo: implosão
Número de vítimas: 44
O ARA San Juan deveria atracar no Mar del Plata em 19 de novembro de 2017, mas desapareceu quatro dias antes. Na época, o submarino voltava do porto de Ushuaia, onde havia feito exercícios militares, para a base naval de Mar del Plata. O submarino foi encontrado um ano depois, a mais de 900 metros de profundidade.
Kursk (2000)

País: Rússia
Local do desastre: mar de Barents (noroeste da Rússia)
Motivo: explosão de um torpedo
Número de vítimas: 118
Uma explosão na câmara de mísseis fez com que o Kursk não voltasse à superfície. O submarino era considerado um dos mais resistentes da Rússia. O acidente ocorreu em 10 de agosto de 2000, após o Kursk zarpar de Murmansk, extremo-norte da Rússia. Ele foi encontrado a 108 metros de profundidade na madrugada de 13 de agosto.
Nerpa (2008)
País: Rússia
Local do desastre: mar do Japão
Motivo: vazamento de gás
Número de vítimas: 20
Em 8 de novembro de 2008, outro submarino russo foi o cenário de um desastre. Na época, o sistema de incêndio do Nerpa ser acionado por engano e os tripulantes morreram asfixiados por gás freon.
Komsomolets (1989)
País: União Soviética
Local do desastre: mar de Barents, a 500 km da costa da Noruega
Motivo: incêndio
Número de vítimas: 42
Em 7 de abril de 1989, a então União Soviética perdeu 42 vidas após o Komsomolets sofrer um curto-circuito. A Pane elétrica causou um incêndio no submarino de ataque de propulsão nuclear e casco de titânio. O submarino era chamado de “Mike” e estava equipado com mísseis com ogivas nucleares. O submarino emergiu diversas vezes durante o incêndio, e 27 tripulantes conseguiram ser resgatados com vida. Em 2019, cientistas da Noruega relataram que o local onde o submarino naufragou ainda apresenta fortes níveis de radiação.