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Prefeito de Itajaí volta a defender aplicação de ozônio e lamenta reações de ‘escárnio e zombaria’

“Não imaginei que oferecer esse novo tratamento para combater o coronavírus fosse criar uma repercussão tão grande”, afirma o chefe do Executivo municipal

Redação Jornal de Brasília

05/08/2020 11h33

O prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), defendeu novamente, através de um vídeo publicado em sua conta pessoal do Facebook, a utilização da ozonioterapia como forma de combater o novo coronavírus. Ele lamenta que o tratamento, com aplicação via retal, tenha virado motivo de “escárnio e zombaria.”

“Infelizmente, todo esse esforço em dar mais uma opção de tratamento para a população vem sendo mostrado com escárnio e zombaria. Preocupado apenas em salvar vidas, em proteger a saúde das pessoas, não imaginei que oferecer esse novo tratamento para combater o coronavírus fosse criar uma repercussão tão grande, tantas piadas, memes e manchetes sensacionalistas”, afirmou Morastoni, que é médico pediatra e homeopata. Veja abaixo:

https://www.facebook.com/volneimorastoni/videos/929894530845094/

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) emitiu uma recomendação ao chefe do Executivo municipal para que ele não utilize o composto no tratamento do coronavírus.

O documento se refere à prática de ozonioterapia e pede para que Volnei não a disponibilize para a população:

“O Ministério Público recomenda a Vossa Excelência que se abstenha de disponibilizar, no âmbito do Município de Itajaí, a prática da ozonioterapia como forma de tratamento medicamentoso em eventuais diagnósticos de Covid-19.?

“O efeito da ozonioterapia em humanos infectados por coronavírus (Sars-Cov-2) é desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos”, destacou o promotor Maury Roberto Viviani na recomendação a partir de uma nota técnica do Ministério da Saúde.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) desaconselha o tratamento, que é visto como alternativo por carecer de plausibilidade biológica. Segundo a resolução de de 2018, a ozonioterapia não tem comprovação científica e deve ser usada só em estudos experimentais, com protocolos aprovados por Comitê de Ética em Pesquisa.

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