Uma professora é investigada por manter uma idosa, de 63 anos, em trabalho análogo à escravidão. A Polícia Federal investiga o caso a pedido do Ministério Público Federal (MPF). O Ministério Público do Trabalho (MPT) processou a docente na Justiça do Trabalho.
A professora, que atua na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pode ter que pagar R$ 1,3 milhão em indenização por danos morais e coletivos, além de pensão e pagamento retroativo de salários.
De acordo com as investigações, a vítima foi resgatada pela força-tarefa do Governo Federal de combate ao trabalho escravo no bairro da Abolição, zona norte do Rio de Janeiro, no fim de janeiro.
Após ser questionada, a suspeita informou que recebeu a primeira parcela do auxílio emergencial da idosa, de R$ 600. No entanto, os agentes confirmaram que outras quatro foram sacadas.
Algumas testemunhas que moram na região relataram que a idosa também sofria maus-tratos da empregadora.
A acusada pode responder por crimes de manter trabalhador em condição análoga à escravidão, de maus-tratos e de apropriação indébita.
O processo, que tem a docente como parte acusada, teve início no último dia 10 e tramita na 45ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. A idosa contou que ganhava R$ 5, R$ 6 ou R$ 7 por semana catando latinhas, mas o dinheiro ficava com os patrões.