Menu
Na Hora H!

Pesquisa com lhama pode ajudar na cura da covid-19; descubra como

Animal foi escolhido, em 2016, para participar de estudo com a Sars-Cov-1 e o MERS-Cov, que são coronavírus da mesma família do Sars-Cov-2

Redação Jornal de Brasília

18/05/2020 7h51

Uma lhama, batizada como winter, guarda em suas células um anticorpo que pode combater de maneira efetiva a infecção causada pelo Sars-Cov-2. Winter vive em um rancho na Bélgica e está sendo fundamental para a criação de um remédio que possa combater o novo coronavírus. No entanto, as pesquisas estão em fase inicial e podem demorar para serem concluídas. O anticorpo ainda irá passar por um longo processo de estudo até poder ser testado em humanos.

Quando Winter possuía alguns meses de vida, ela foi escolhida para participar de um estudo com a Sars-Cov-1 e o MERS-Cov, que são coronavírus da mesma família do Sars-Cov-2. A partir desse estudo, os cientistas descobriram que quando o sistema imune das lhamas detecta um invasor externo, como um vírus ou uma bactéria, o seu organismo produz um anticorpo quatro vezes menor do que o produzido pelos humanos. Dessa forma, os estudiosos nomearam os anticorpos especiais como “nanocorpos”.

Os tubarões também desenvolvem um tipo similar de anticorpo, mas as lhamas são animais mais fáceis de lidar, o que colabora com o andamento das pesquisas. A vantagem dos nanocorpos é que, em razão do tamanho, se agarram mais facilmente às proteínas do coronavírus, que são responsáveis pelo ataque às células do corpo humano.

No experimento de 2016, os investigadores injetaram as proteínas que envolvem o Sars-Cov-1 e o MERS-Cov em Winter e notaram que os nanocorpos desenvolvidos pela lhama mostraram uma boa capacidade para deter a infecção do Sars-Cov-1.

O cientista Daniel Wrapp atua no departamento de ciências moleculares da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, e é o principal autor do estudo. Ele afirmar que, agora que a equipe descobriu a eficácia dos nanocorpos, Wrapp e os outros cientistas se preparam para começar as provas com outros animais como porquinhos da índia ou primatas, mais parecidos com os humanos.

Atualmente, Winter está com quatro anos e pasta tranquilamente nos campos da Bélgica. “Ela está muito bem. Desfrutando de um merecido descanso”, diz Wrapp

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado